Apenas 28% das rodovias de SC são consideradas boas – e só 8 km de estradas estão ótimas, aponta pesquisa

Fotos: Julio Cavalheiro/Secom

Por: Pedro Leal

01/12/2023 - 08:12 - Atualizada em: 01/12/2023 - 12:24

Apenas 28% das estradas de Santa Catarina são consideradas boas ou ótimas, segundo a Pesquisa CNT de Rodovias 2023. Na avaliação geral das estradas no território catarinense, 72% das rodovias são consideradas péssimas, ruins ou regulares.

A 26ª edição do estudo feito pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) em conjunto com o Sest Senat foi divulgada na nesta quarta-feira (29).

A pesquisa abrange um total de 3.515 quilômetros de rodovias de Santa Catarina, dos quais apenas 986 km foram considerados bons ou ótimos na avaliação geral.

Mapa da qualidade das rodovias de SC – pesquisa CNT de Rodovias

A maior parte (1.360 km) foi classificada como regular. 887 km foram considerados ruins e 282 km como péssimos.

Pelo levantamento, a SC-283 é a que possui a maior extensão de quilômetros classificados na categoria “ruim”, foram 186 km no total.

A SC-350 aparece na sequência, com 131 km considerados ruins. Em terceiro lugar aparece a SC-480, com 129 km de extensão comprometidos

Do total de rodovias consideradas ruins, duas são federais e oito são estaduais.

Outras rodovias classificadas como ruim:

BR-158, teve 51 KM considerados ruins;

BR-163, teve 59 KM considerados ruins;

SC-112, com 16 KM ruins;

SC-157, com 95 KM ruins;

SC-161, com 16 KM ruins;

SC-305, teve 70 KM considerados ruins;

SC-390, com 31 KM avaliados como ruins.

Seis estradas tiveram classificação geral “boa” ou “ótima” – mas a classificação “ótima” foi restrita a apenas oito quilômetros. As rodovias classificadas como ótimas foram: a BR-376, com 6 quilômetros avaliados como ótimo e a BR-486, que teve 2 quilômetros considerados ótimos.

A BR-101, foi a que teve a maior extensão avaliada como bom, foram 485 km no total. Na sequência aparece a BR-116, com 311 km nessa condição, e a BR-480, com 37 km.

Pavimento nas rodovias em SC

59,7% da rodovias apresentam problemas de pavimentação e foram classificadas como regular, ruim ou péssima.

Pelo levantamento as condições do pavimento geram aumento no custo operacional do transporte em 37,1%. “Se reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos”, destacou a CNT.

Quando o assunto foi sinalização, 69,8% foram consideradas como regular, ruim ou péssima.

Recuperação custaria quase R$ 4 bilhões

Segundo a CNT, seriam necessários R$ 3,7 bilhões para recuperar as rodovias em Santa Catarina, com ações emergenciais de restauração, reconstrução e manutenção.

O levantamento ainda estima que, em 2023, haverá um consumo desnecessário de R$ 37,7 milhões de litros de diesel, por conta da má qualidade do pavimento das estradas no Estado. O desperdício reflete um custo de R$ 248,15 milhões aos transportadores, conforme a pesquisa.

“A maior oneração aos transportadores reduz a rentabilidade das empresas, o que pode representar economicamente um desincentivo para a realização das atividades”, pontua o estudo, que acrescenta que “esse aumento de custos pode ainda ser repassado para o preço das cargas e da movimentação de passageiros, representando um maior custo – tanto para as empresas quanto par famílias.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).