A Associação dos Municípios do Vale do Itapocu (Amvali) promoveu reunião na tarde de ontem (26) para discutir o futuro da pesquisa que desenvolve formas de combater a proliferação do maruim no Norte catarinense. O objetivo do encontro foi avaliar o espaço para montar um laboratório de pesquisa em Jaraguá do Sul e buscar apoio para aquisição dos equipamentos necessários. A unidade de estudos deverá ser instalada na estrutura que abrigava a usina de leite, no bairro Garibaldi, cedida pela Prefeitura.
A secretária-executiva da Amvali, Juliana Demarchi, revela que, por sugestão do vereador Eugênio Juraszek (PP), foi cogitado o espaço da usina. Segundo ela, o local tem o ambiente necessário para dar andamento no estudo feito pelo professor e biólogo Luís Américo de Sousa. “A Amvali dá suporte ao professor, que desenvolve em sua tese de doutorado estudo a respeito de dois produtos a serem utilizados no combate ao maruim: um defensivo agrícola e um repelente”, destaca. No entanto, o doutorado terminará nos próximos meses e há necessidade de continuar a pesquisa.
Atualmente, o maruim representa um problema de saúde pública, havendo grande incidência na zona rural e urbana dos municípios da região. De acordo com o professor que desenvolve os estudos, o avanço do homem no habitat natural do inseto fez com que ele acabasse se proliferando, “já que quando o produtor introduz suas culturas (na Mata Atlântica) acaba fornecendo sangue quente ao bicho”. Em relação à bananicultura, ele diz que a bananeira oferece uma série de substâncias nutritivas que beneficiam o desenvolvimento do maruim.
O projeto do laboratório de pesquisa está orçado em aproximadamente R$ 400 mil. E, segundo Juliana Demarchi, o valor deverá ser conseguido com o apoio dos deputados Vicente Caropreso (PSDB) e Patrício Destro (PSB). Para Caropreso, a questão é de suma importância e é preciso avançar na pesquisa. “É uma coisa de grande porte (referindo-se ao defensivo agrícola) para a gente produzir e tornar disponível aos agricultores e para uma política estadual de combate ao maruim. É uma situação muito grave e que vem se desenvolvendo há tanto tempo e não há uma sinalização dos governos em geral para combatê-la”, apontou.
Os presentes também tocaram na questão do turismo rural, que se torna inviável em certas regiões por causa da proliferação do maruim. O prefeito Antídio Lunelli ressaltou a necessidade de buscar parceiros na indústria para desenvolver repelentes.
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