A violência contra a mulher que mora no meio rural foi o tema debatido na quinta-feira (10) na Unidade de Desenvolvimento Rural de Joinville por iniciativa da Secretaria e Assistência Social (SAS) e apoio da Agência de desenvolvimento de SC.
A proposta da Coordenação de Políticas Públicas para a Mulher foi chamar a atenção para a maior vulnerabilidade da mulher na área rural, onde está mais isolada, não sabe a quem pedir ajuda e tem dificuldade em identificar o problema.
Durante toda tarde de quinta-feira, cerca de 50 mulheres rurais receberam informações das Secretarias de Assistência Social e Saúde, Conselho Municipal da Mulher e Núcleo Maria da Penha sobre direitos e providências que devem tomar. “Santa Catarina é o quarto Estado do Brasil considerado mais violento contra as mulheres”, destacou a coordenadora de Políticas Públicas para a Mulher, Ana Maria Pereira.
A programação começou com exibição do documentário “Sozinhas”, da jornalista Ângela Bastos, que relata o caso de joinvilenses vítimas de violência. As participantes também receberam cartilha e folhetos sobre a Lei Maria da Penha, orientações sobre direitos da mulher e serviços da Delegacia da Mulher da Prefeitura como atendimento médico emergencial.
A violência doméstica contra a mulher obedece, em geral, a três ciclos que começam com clima de constrangimento dentro de casa, descamba para a agressão física e tem breve recuo com o arrependimento do homem, que em seguida recomeça com novas agressões.
Todas foram orientadas a relatar os casos pelo tele denúncia 180 ou procurar ajuda junto às Unidades de Saúde da Família, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e Delegacia da Mulher.
O Núcleo Maria da Penha, vinculado à Faculdade Guilherme Guimbala, colocou à disposição das mulheres apoio no âmbito jurídico, psicológico e encaminhamento de pedido de medidas protetivas. Dentre as medidas possíveis em defesa da mulher estão o afastamento do agressor do lar, manutenção de distância, proibição de contato e cobrança de pensão alimentícia.
Outro caminho apresentado foi a busca por ajuda nas Unidades de Saúde da Família do Morro do Meio, Pirabeiraba, Rio Bonito ou Rio da Prata onde podem receber ajuda médica, testes e medicamentos em caso de violência sexual. O grande problema relatado é o baixo registro de denúncias espontâneas. A maior parte dos casos aparece nos atendimentos de rotina.
*Com informações da Prefeitura de Joinville