Açúcar, sódio ou glúten: qual é o grande vilão da alimentação?

Foto Dyovana Koiwaski/OCP News

Por: Elissandro Sutil

16/10/2019 - 05:10

O hábito de comer envolve muito mais do que a escolha dos nutrientes certos para manter uma vida saudável e longilínea. As refeições também trazem amor, família, afeto e muitas emoções.

Por isso, nesta quarta-feira (16), com a celebração do Dia Mundial da Alimentação, uma pergunta ganha ainda mais força: quais são os grandes vilões que devem ser evitados nos pratos?

A médica nutróloga Cristiane Molon respondeu essa questão elencando os alimentos mais prejudiciais à saúde e quais que estão em alta no dia a dia dos brasileiros.

Foto Dyovana Koiwaski/OCP News

Antes, ela afirma que para quem está buscando um estilo de vida bom, não há vilões. “O problema é consumir todos os dias e em grande quantidade, mas se não é rotina, está ok”, comenta.

Entre os mais perigosos, estão os ricos em açúcares, sódio e glúten, que além de terem baixo valor nutricional, contam com substâncias que potencializam as chances de diversas doenças.

Veja os “vilões” da alimentação

Embutidos

Salsichas, linguiças e peito de peru, por exemplo, têm altas quantidades de sódio e gorduras trans. Esses alimentos ainda possuem substâncias que, quando absorvidas no estômago, transformam-se em nitrosaminas, compostos químicos que aumentam as chances de câncer no colón.

Refrigerante

Uma junção de açúcar, fosfato e conservantes sem nenhum valor nutricional. Cristiane considera a bebida uma toxina, e não um alimento. “Eles roubam os nutrientes bons e não deixam eles serem absorvidos, são ácidos e fazem mal para os ossos”, observa.

Uma lata de refrigerante chega a ter 37 gramas de açúcar, sendo que o recomendado diariamente é 25 gramas de consumo por dia.

Batata frita

Apesar de conter carboidratos, a batata, quando frita, possui uma substância tóxica para os neurônios e perde os nutrientes, assim como os salgadinhos.

As altas doses de sódio e gordura trans causam danos para os rins e pressão alta. Uma alternativa é assar as batatas, fritá-las em casa com uma gordura que não será reutilizada ou na Air Fryer.

Pizzas

A massa com farinha branca contém glúten e aumenta o potencial inflamatório do alimento, que ainda recebe boas camadas de queijo e recheios.

“O ideal é optar por ingredientes menos calóricos e pedir uma, invés de ir ao rodízio. Depois, é comum as pessoas ficarem com a sensação de estufado, sonolento e boca seca. Temos que cuidar o que a comida causa na gente”, aponta.

Sorvete

São muitos aromatizantes, gorduras, açúcar e corantes, que aumentam o risco de doenças vasculares e comprometem o metabolismo. “O indicado é deixar para comer só no fim de semana ou escolher as opções feitas com frutas. É melhor não comprar um pote e levar para casa também”, diz.

Carnes vermelhas

O consumo excessivo não é interessante, principalmente para quem é cardíaco, tem câncer ou problema de gordura no fígado. O ideal é reduzir a quantidade e, quando consumir, comer com verduras e saladas, que são ricos em antioxidantes e reduzem os danos da carne. Opte por frango caipira, peixes e ovos.

Leite

Cristiane destaca que os adultos não precisam mais consumir leite, até porque, com o tempo, as pessoas perdem a enzima lactase, que ajuda a digerir o alimento. Sem ela, crescem as chances de intolerância e alergias.

Quem tem problemas respiratórios deve evitar o alimento, que é o que mais produz catarro no organismo.

“O cálcio, presente no leite, encontramos em folhas verdes, castanhas e sementes. Também há opções de leite de coco, amêndoa e semente de abobora, por exemplo”. A bebida ainda pode aumentar a oleosidade e acne na pele, além de não deixar o corpo absorver o ferro dos alimentos.

Glúten

Presente nas farinhas de trigo, usadas para macarrão, nhoque, pães e bolos, a substância é uma das mais inflamatórias para o organismo, prejudicando a digestão e causando reações como coceiras.

Açúcar

Ele não está apenas presente nos doces ou no cafezinho da tarde, mas também na maioria dos alimentos industrializados. Em excesso, o açúcar aumenta a hiperatividade e excitando do corpo, que pede doses cada vez maiores do produto.

Ele também está relacionado a muitas doenças, em especial as do cérebro. Prefira o açúcar natural das frutas.

As boas tendências da alimentação

A médica nutróloga chama a atenção para uma mudança de rotina que deve ser feita para conquistar a saúde: “ir mais para a feira do que para o supermercado”. Para ela, os alimentos considerados “de verdade”, que nascem na terra, sempre estarão na moda e serão as melhores opções.

“Devemos cuidar da nossa alimentação em 80% do tempo, para se permitir 20%”, enfatiza. Segundo Cristiane, o movimento por uma alimentação mais natural e com menos malefícios ao meio ambiente está mudando o modo de consumo das pessoas e influenciando as indústrias nessa nova demanda.

Entre os alimentos que devem ter presença garantida nas refeições, a nutróloga lista alguns exemplos: aipim, batata-doce, lentilha, milho, arroz integral, folhas verdes, berinjela, repolho, aveia, peixes, cereais, grãos, iogurte kefir, manteiga ghee (como um substituto do óleo), água e frutas em geral.

 

Receba as notícias do OCP no seu aplicativo de mensagens favorito:

WhatsApp

Telegram

Facebook Messenger