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Acessibilidade no comércio será tema de campanha

Elisete Costa encontra dificuldade para se locomover no comércio e restringe as compras a estabelecimentos com acessibilidade - Foto: Eduardo Montecino/OCP Online

Por: OCP News Jaraguá do Sul

23/02/2016 - 04:02 - Atualizada em: 24/02/2016 - 08:51

O Ministério Público abriu inquérito para apurar as condições de acessibilidade no comércio de Jaraguá do Sul e Corupá. Inicialmente, a intenção da 8ª Promotoria de Justiça é iniciar um projeto de conscientização junto aos lojistas e proprietários de imóveis para promover as adequações previstas na legislação federal.

A falta de acesso é vivenciada diariamente por Elisete Costa, que precisa planejar muito bem o destino para as compras antes de sair de casa. Entretanto, encontrar as condições mínimas para entrar e transitar pelos estabelecimentos não é tarefa fácil, afirma ela. “Venho de Guaramirim para Jaraguá do Sul justamente por que é um pouco melhor, mas já vou aonde sei que tem a rampa. É muito revoltante não poder entrar em um local”, conta Elisete, que é cadeirante.

O vice-presidente do grupo Acessibilidade Jaraguá, Igor Vilenei, destaca que a situação de prédios não acessíveis é recorrente, mas acredita que a ação do Ministério Público deve contribuir para uma resposta efetiva. “Uma cobrança é necessária, até porque é preciso respeitar as normas técnicas para realmente atender as necessidades”, disse.

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Segundo Vilenei, poucas lojas na área central da cidade oferecem condições de tráfego para cadeirantes ou portadores de limitações físicas. “Eu diria que 5% ou 10% têm acessibilidade. A gente vai aonde tem a rampa ou acaba optando por fazer compras pela internet”, completa o vice-presidente.

A bandeira da conscientização deve ser levantada pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Jaraguá do Sul, afirma o presidente Marcelo Nasato. A entidade participou de uma reunião informal com a Promotoria para discutir o assunto. “Acreditamos que impor não é interessante, mas mostrar que removendo as dificuldades e deixando a loja acessível você atrai consumidores”, ressaltou. A forma de promover as mudanças ainda será definida, disse Nasato, mas é estudada a criação de cartilhas e um selo para destacar as lojas acessíveis.

Em 2004 foi regulamentada no Brasil a Lei de Acessibilidade que estabelece normas gerais e critérios básicos, texto revisado no ano passado sem grandes alterações. É previsto que a construção, reforma ou ampliação de edificações de uso público ou coletivo devem ser executadas de forma a serem acessíveis à pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.

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Publicação da Rede OCP de Comunicação