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Mais de 40 focos do Aedes aegypti já foram encontrados em Jaraguá do Sul neste ano

Ao todo são 96 vagas para trabalhar nos cemitérios de Florianópolis | Foto: Eduardo Montecino

Por: Elissandro Sutil

28/11/2018 - 05:11

Mais um foco do mosquito Aedes aegypti foi encontrado em Jaraguá do Sul na última semana. De janeiro a novembro deste ano, já são 45. A maior incidência é no bairro Ilha da Figueira, que concentra 24 dos casos registrados 2018. O número já é muito superior ao de 2017, em que o total foi 37.

No último domingo (25), teve início a Semana Nacional de Combate ao Aedes, que se estende até esta sexta-feira (30) no Brasil inteiro. Em Jaraguá do Sul, os trabalhos de rotina do programa de combate à dengue, da Secretaria de Saúde, continuam durante a mobilização.

Os agentes de endemias vistoriam frequentemente 636 pontos de armadilhas e 171 locais estratégicos, como borracharias, ferros-velhos e cemitérios.

Desde o feriado de Finados, uma equipe está fazendo um mutirão de limpeza nos cemitérios da cidade e retirando os recipientes que podem acumular água.

Outra questão reforçada pela agente de endemia Michelli Pinheiro é que os moradores de edifícios atendam as equipes da Vigilância Sanitária ou indiquem o contato do síndico responsável para agendar uma visita.

“Já tivemos casos que não conseguimos falar com ninguém do prédio inteiro, e precisamos ir em todos os imóveis daquela área”, enfatiza.

Período de férias exige atenção

Santa Catarina registrou até o momento 57 casos de dengue segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive). Destes, 34 são autóctones, ou seja, com transmissão dentro do estado. As cidades com estes casos são Itapema (26), Balneário Camboriú (7) e Camboriú (1).

Segundo a agente de endemia Michelli Pinheiro, isso deixa os moradores de Jaraguá do Sul e região em alerta, já que os municípios litorâneos são muito procurados durante a temporada de verão.

De dezembro de 2017 a novembro de 2018, foram notificados 1.539 casos de dengue no estado. Desses, 37 foram confirmados, 93 deram como inconclusivos, 1.291 foram descartados e 98 ainda estão sendo investigados. “O perigo de uma epidemia é eminente”, afirma Michelli.

A agente explica que a diferença entre o alto número de focos em Jaraguá e a ausência de casos de dengue, zika vírus ou chikungunya acontece porque o Aedes aegypti não se desenvolve com o vírus das doenças.

“Ele precisa picar alguém que esteja infectado para ser um transmissor”, observa.

O que fazer para prevenir?

  • Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
  • Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
  • Mantenha lixeiras tampadas;
  • Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
  • Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
  • Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
  • Mantenha ralos fechados e desentupidos;
  • Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
  • Retire a água acumulada em lajes;
  • Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
  • Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito;
  • Para mais informações, procure a Secretaria de Saúde do seu município.

Municípios fortalecem prevenção

As secretarias de Saúde da região também divulgaram ações para integrar a Semana de Mobilização para o Controle do Aedes Aegypt.

Em Corupá as ações vão desde a distribuição de folderes por Agentes Comunitárias de Saúde nas visitas domiciliares, entrega de cartazes nas escolas e sensibilização dos profissionais da área da educação sobre o tema até orientação nas redes sociais.

“Realizamos as ações ao longo do ano sendo um programa contínuo. Mas agora com esse período de chuvas e chegada do verão, a orientação é intensificar ainda mais as orientações junto da comunidade para o combate ao mosquito transmissor da dengue e outras doenças ”, acrescenta a enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica e Imunização, Dayana Mahs de Freitas.

A Secretaria de Saúde de Guaramirim afirmou que somente neste ano, a cidade há registrou sete focos do mosquito e por isso é extremamente importante a conscientização para eliminar a possibilidade do mosquito se instalar e reproduzir.

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Elissandro Sutil

Jornalista e redator no OCP