Desde criança, a arte faz parte da vida de Polliana Rodrigues da Costa, recifense prestes a completar 38 anos, em 25 de julho. Mais conhecida como Poullain Neuve, a artista plástica e fotógrafa vive em Jaraguá do Sul há três anos. Por aqui, Poullain encontrou a segurança que buscava e o acolhimento entre o movimento artístico da cidade.
“Sou de Recife (PE), eu vim pra cá há três anos por causa da minha irmã, ela está aqui há 14 anos, ela conheceu o marido dela pela internet aí veio para cá, depois veio minha mãe, há 11 anos, e por último eu vim, eu que demorei mais a vir”, conta a artista.
O aumento da insegurança na cidade natal foi um dos principais motivos que a levou a tomar a decisão de encarar a mudança de cidade. “E como todos os anos eu vinha para cá visitar (a família), aí eu acabei cedendo, porque a cidade é tranquila e Recife está um caos”, relata Poullain.

Foto: Verônica Lemus
Em Jaraguá do Sul, a artista encontrou mais liberdade, que desfruta em todos os momentos de sua rotina. “Aqui eu saio, de bicicleta, coisa que lá eu não saía, não andava, dá para sair 3h da manhã de uma festa, de um bar, e é tranquilo”. Em sua busca por segurança, Poullain acabou encontrando no município muito mais do que imaginava.
Artista autodidata, a recifense diz que em Jaraguá do Sul encontrou “pessoas incríveis” que a acolheram no mundo das artes. Poullain também conseguiu a oportunidade de estudar Artes Visuais, na Scar.
“Eu recebi uma bolsa (de estudos) e para este ano pretendo ensinar lá, meu professor está me orientando para pegar uma turma”, conta Poullain, que recebeu o apelido de uma amiga, quando fazia curso de fotografia em Recife, outro caminho que agora começa a desenvolver na cidade. “Como sou fotógrafa e artista plástica eu adotei esse nome”.

“Acho que eu não saberia viver sem produzir arte, é como respirar, e é isso, é (manifestar) o que você sente, aquilo que é mais genuíno na pessoa”, diz Poullain | Foto: Verônica Lemus
A artista trabalha com pintura, colagem e modificação de materiais já criados. Em apenas três anos vivendo em Jaraguá do Sul, Poullain já realizou algumas exposições, como no Sesc, no brechó Extranoica e também na Scar, no fim do ano passado, com o grupo de artes visuais, além de ter sido foi convidada para participar de um coletivo de artistas da cidade.
“Estou começando a pegar nome, reconhecimento entre os artistas, que mexem com a cidade. E espero contribuir um pouco com a cidade, com a minha arte”, declara a primeira artista da família.
Família
“Sempre fomos nós três [Poullain, a irmã e a mãe], minha mãe separou muito nova, quando a gente era criança, mas sempre presente, ele ia lá em casa, mas eu sempre fui muito unida com a minha irmã, a gente sempre fazia tudo juntas, até hoje é assim”, conta a caçula, um ano e seis meses mais nova que a irmã.
“Às vezes minha mãe sente ciúmes, ela diz ‘vocês se juntam para ficar contra mim’, ela diz que é a corda e a caneca, mas é bom assim, é melhor ser unida”.
Desde a vinda da irmã para Jaraguá do Sul, Poullain vem à cidade todos os anos para passar o aniversário da sobrinha, de 12 anos, e estica a viagem para também comemorar o seu dia, 25 de julho. “Eu brinco que o prefeito faz bolo para comemorar o meu aniversário”, brinca a artista.
“Tem acontecido coisas maravilhosas na minha vida, graças à Deus eu me considero uma pessoa de muita sorte, e as pessoas que vou encontrando ao longo da minha vida são incríveis, só tenho que agradecer”, finaliza.
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