O jogo entre São Paulo e Talleres na noite de quarta-feira (29), que terminou com vitória do time brasileiro por 2 a 0, pela Libertadores, foi marcado por uma grande confusão.
Ao final do primeiro tempo, jogadores da equipe argentina reclamaram rispidamente com o árbitro colombiano Jhon Ospina sobre um pênalti não marcado e a polícia precisou entrar em ação.
O goleiro Morales acabou sendo atingido por um escudo e revoltou os companheiros, que foram para cima dos policiais, especialmente o goleiro titular Morales e o volante Portilla. O clima esquentou e seguiu tenso até o túnel dos vestiários, envolvendo auxiliares dos dois times, que ficaram num áspero bate boca.
#Libertadores: Escándalo en Brasil: Policía agredió a jugadores de Talleres y el arquero Herrera se enfureció por el accionar de las fuerzas de seguridad mientras reclamaba al árbitro. Tras el juego, Juan Portilla y Lautaro Morales fueron a una audiencia para poder irse del país. pic.twitter.com/LdqWhbBCJM
— Miguel Parra (@PaMiguelangelpa) May 30, 2024
“Muito quente [o jogo], estabelecendo um precedente com a polícia brasileira, fomos muito desrespeitados. Coisas que acontecem na partida, entre jogadores, ficam alí [no campo]. Saímos do campo e eles nos agrediram, então, para estabelecer o precedente e que eles levem isso em consideração. A verdade é que é uma falta de respeito, eles nos trataram muito mal”, disse Portilla à ESPN da Argentina.
“Saímos do campo e a polícia deles [brasileiros] agride um de nossos jogadores. São coisas que não podem ser permitidas, que não podem acontecer novamente”, completou.
Depois da partida, Morales e Portilla foram detidos por desacato e passaram por uma audiência na madrugada desta quinta-feira (30), no Jecrim (Juizado Especial Cível e Criminal) localizado no Morumbis. Eles foram liberados após acordo para pagamento de multa de R$ 10 mil para cada um.
“No intervalo da partida, houve o início de uma confusão em razão da não marcação de um pênalti para a equipe do Talleres. Os atletas foram reclamar com a arbitragem. Como ocorre sempre aqui, a Polícia Militar fez uma proteção para o árbitro. Vocês notam que o árbitro foi um pouco para trás, os policiais fizeram a barreira com os escudos, e o goleiro passou a reclamar que o escudo teria encostado nele. As equipes foram para o vestiário, desceram no túnel, houve mais discussão. Mas até então tudo tranquilo, coisas do futebol, da partida que ainda não tinha se decidido”, declarou o delegado Cesar Saad.
“No final da partida, logo após o apito final, o goleiro reserva passou pelo trio de policiais que faziam a escolta da arbitragem, os mesmos que haviam estado ali no intervalo, e proferiu xingamentos a eles. Isso foi testemunhado por outros policiais e por outras pessoas. No campo, outro atleta também xingou os policiais. Eles foram detidos ainda no vestiário, foram encaminhados para o Jecrim. Estão sendo autuados e vão passar por audiência para serem liberados”, acrescentou.