No dia 10 de junho de 2001, na quadra Philippe Chatrier, em Paris, o tenista catarinense Gustavo Kuerten conquistava uma das maiores façanhas da carreira.
Com o tricampeonato do Grand Slam de Roland Garros, ele deixava o mundo do tênis aos seus pés.
Na final, o brasileiro bateu o espanhol Alex Corretja, 13º colocado do ranking na ocasião, por 3 sets a 1, parciais de 6/7 (3-7), 7/5, 6/2 e 6/0, em 3h12 de partida.
“Aquela temporada de 2001 transmitiu a segurança, a confirmação. Tínhamos muitas facilidades para encontrar soluções difíceis dentro da quadra e a atingi a consagração como tenista. Tenho a total convicção que foi o meu melhor ano. O primeiro título, em 1997, foi o mais surpreendente. Só que em 2001 estava no topo mesmo. O impacto não era só para os fãs. Era também para os adversários. A gente chegava na quadra e eles respeitavam muito. Eu estava jogando demais mesmo”, disse Guga.

O momento pelo qual o tenista passava era tão bom, que ele considerava que poderia ter se tornado pentacampeão se os problemas no quadril não o tivessem forçado a encerrar a carreira precocemente.
"Meu tênis estava brotando. Era só o começo. Alcançar essa marca seria algo normal. Participaria mais cinco anos como favorito", disse.
O domínio do brasileiro no circuito mundial naquelas temporadas fez, inclusive, o esporte se tornar mais popular no país.
"Quando eu me tornei o número um do mundo em 2000, depois daquela vitória contra o André Agassi, a confiança transbordou para todas as áreas. Eu comecei a ganhar em todos os tipos de piso. Foi o auge do tênis no Brasil. As pessoas conversavam sobre os jogos pelas ruas. As minhas vitórias traziam esperança para as pessoas. Esse tempo me traz clareza para continuar recordando tudo aquilo. São exemplos como esse que o Brasil precisa", lembrou Guga.
Fonte: Agência Brasil