Antes de ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) quebrou o silêncio e falou pela primeira vez sobre sua condenação estupro coletivo, em entrevista ao Domingo Espetacular, da TV Record, que vai ao ar neste domingo (17).
Apesar da condenação a nove anos de prisão pela Justiça da Itália em todas as instâncias, o ex-jogador afirmou ter provas de sua inocência e questionou porque somente ele é o único a responder pelo caso.
“Eu não estou pedindo para me inocentarem sem provas, eu tenho as provas”, disse. “Por que que só eu estou respondendo por isso?”, completou.
Segundo a jornalista Carolina Brígido, ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) devem homologar a sentença para que a pena seja cumprida no Brasil, já que ele não pode ser extraditado.
O julgamento acontece na próxima quarta-feira (20) e será transmitido ao vivo pelo Youtube, a pedido dos italianos.
A Corte Especial é formada pelos 15 ministros mais antigos. Para que a sentença seja homologada é preciso o voto da maioria simples – metade mais um dos ministros.
O caso
O caso aconteceu na Sio Café, uma conhecida boate de Milão, na madrugada do dia 22 de janeiro de 2013. Uma mulher albanesa disse que foi embriagada e abusada sexualmente pelo atacante, o amigo Ricardo Falco e outros quatro homens enquanto estava inconsciente.
- Robinho debocha de vítima em novos áudios revelados e diz ter “broxado”
- Vítima de estupro fala pela primeira vez após condenação de Robinho: “Nunca pagará a dor”
Em depoimento, em abril de 2014, Robinho negou a acusação. Ele admitiu que manteve relação sexual com a vítima, mas disse que foi uma relação consensual de sexo oral e sem outros envolvidos.
A primeira condenação do jogador foi em 2017, época em que jogava no Atlético-MG. Depois, ele passou pelos turcos Sivasspor e Istambul Basaksehir. Em outubro de 2020, Robinho chegou a ser anunciado pelo Santos, mas após a grande repercussão pelo caso de estupro, o clube rompeu contrato.