Novak Djokovic revelou, na última terça-feira (11), que teria furado o isolamento após testar positivo para a Covid-19 em dezembro.
Porém, a revista alemã “Der Spiegel” suspeita se o tenista sérvio contraiu de fato o vírus e aponta indícios de fraude.
O veículo atestou uma série de inconsistências ao analisar a documentação apresentada pelos advogados de Djokovic à Justiça australiana com dados do Instituto de Saúde Pública da Sérvia.
“Os dados digitais do exame número 7371999 sugerem que o resultado negativo seria de um exame feito no dia 26 de dezembro às 14h21 no horário sérvio, e não no dia 16 de dezembro, como indicou a defesa do jogador. A data posterior, no entanto, poderia ter sido a do registro ou download do resultado, apesar de o mais comum ser o registro imediato após o resultado”, escreveu o “Der Spiegel”.
“O exame negativo apresentado pela defesa de Djokovic, com data de 22 de dezembro, tem número 7320919. Normalmente a organização dos registros é feita de forma sequencial. A diferença entre eles, de pouco mais de 51 mil, é coincidentemente a mesma diferença de testes realizados no período de 22 a 26 de dezembro, de acordo com dados do sistema de saúde da Sérvia”, completou.
“Os indícios acima citados indicariam que o teste negativo de Djokovic teria sido, na verdade, produzido antes do segundo teste, com resultado positivo”, finalizou.
O governo sérvio e o estafe de Djokovic não deram retorno a reportagem do “Der Spiegel”.
O número 1 do mundo deixou o hotel em que estava detido na última segunda-feira (10) após tentar entrar na Austrália sem o comprovante de vacinação da Covid-19 e vem treinando para o Australian Open, o primeiro Grand Slam do ano.