Pentacampeão do mundo com a seleção brasileira em 2002, Edmílson foi intimado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo para deixar a sua residência, em Santana de Parnaíba, até o próximo domingo (25).
O juiz Guilherme Vieira de Camargo autorizou arrombamento e uso de força policial caso o ex-jogador e sua esposa permaneçam no imóvel se o prazo estabelecido não for cumprido.
Edmílson colocou o imóvel como garantia em um contrato de empréstimo de R$ 5 milhões com o Banco Inter em janeiro de 2023. Com atraso no pagamento das parcelas, a instituição assumiu a propriedade por meio da Justiça em novembro do ano passado e a colocou em leilão.
A casa foi arrematada pela empresa UX Intermediações de Negócios, em contestação de Edmílson. A companhia comunicou ao Tribunal que tentou convencer o ex-jogador a deixar o imóvel durante o primeiro semestre deste ano, mas não teve sucesso.
Através de seu advogado José Maria Lopes, Edmílson se defendeu e declarou que tentaram renegociar a dívida de diversas formas e alegou que o último leilão do imóvel ocorreu três dias antes do prazo final de renegociação do empréstimo.
“O pentacampeão Edmílson possui um processo ainda em discussão em que busca adimplir com a obrigação firmada junto ao banco Inter, reavendo assim a propriedade do imóvel”, disse o advogado.
A defesa ainda aponta diversas irregularidades no leilão judicial que culminou na transferência da posse do imóvel e questiona o fato de o imóvel ter sido arrematado por R$ 9,5 milhões, sendo que havia, supostamente, propostas superiores. Uma seria de R$ 12 milhões.
“Não se verifica o lance do ‘suposto’ arrematante, logo que inexiste o lance no valor mencionado no auto de arrematação no valor de R$ 9,5 milhões. Assim, perceptível ao menos em tese, que houve venda direta a UX Intermediações, o que é vedado pela Lei 9514/97”, destacou o advogado.