Segundo investigação da Polícia Civil de São Paulo, o presidente afastado do Corinthians, Augusto Melo, recebeu mais de R$ 152 mil em espécie, movimentação considerada incomum e que pode indicar uma estratégia deliberada para driblar o rastreamento bancário estabelecido pelo Banco Central.
Os depósitos foram feitos entre dezembro de 2023 e abril de 2024, período em que Melo assumiu a presidência do clube e antes de viralizar as denúncias relacionadas ao contrato com a casa de apostas ‘VaideBet’. O dirigente foi indiciado pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro.
Apenas no dia 1º de dezembro, uma semana após a eleição, Augusto Melo recebeu R$ 31.850,00, divididos em 16 depósitos não identificados de até R$ 2 mil.
Os relatórios bancários foram anexados ao processo após a defesa de Melo pedir habeas corpus para anular o indiciamento, o que foi negado pela Justiça.
Além dele, também foram indiciados o ex-superintendente de marketing Sérgio Moura, o ex-diretor administrativo Marcelo Mariano, e Alex Cassundé, apontado no contrato entre clube e a casa de apostas como intermediador.