Olheiro da CBB procura novos talentos do basquete na Grande Florianópolis

Chicão participou da conquista do título Sul-Americano sub-15 masculina | Foto CBB/Divulgação

Por: Ewaldo Willerding Neto

05/12/2018 - 06:12

Florianópolis ganhou um novo morador que pensa em basquete 24 horas por dia. Trata-se do ex-atleta profissional e membro da comissão permanente das categorias de base da CBB (Confederação Brasileira de Basquete) Francisco Carlos Bonfin Bandeira, o Chicão, que há três meses aceitou o convite para participar do projeto da “Associação Grande Florianópolis Escola de Basket” (AGFEB).

Chicão foi revelado com o multicampeão Oscar Schmidt, no Palmeiras, há 44 anos | Foto Arquivo Pessoal

Baiano de nascimento, Chicão foi revelado no basquete ao lado do multicampeão Oscar Schmidt, na equipe do Palmeiras – há 44 anos, com quem mantém uma relação de amizade até hoje.

O assistente-técnico da CBB começou a carreira aos 13 anos, quando despontou como o melhor atleta da seleção baiana infantil de basquete e foi contratado pelo Palmeiras (SP). No clube paulista, o jovem pivô foi colega de quarto de Oscar Schmidt, de quem é padrinho de casamento, e com quem participou das divisões de base da seleção brasileira. No profissional, Chicão fez carreira em seis países da Europa, além de clubes nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Atualmente, com 61 anos, o técnico trabalha com 160 jovens no ginásio do Clube Doze de Agosto, bairro Coqueiros.

“Conheci o presidente da AGFEB, Marco Biscaro, que falou da intenção de valorizar as categorias de base do basquete em um projeto muito bem estruturado. Já identificamos três atletas paras as seleções brasileiras de basquete sub-15, masculino e feminino, mas apenas uma foi efetivamente convocada em função das lesões dos outros jogadores”, comenta o olheiro da CBB.

Em Montevidéu, no Uruguai, no mês passado, Chicão participou da conquista do título do Campeonato Sul-Americano da seleção brasileira sub-15 masculina na função de assistente-técnico ao lado da treinadora Thelma Tavernari. A conquista reforçou a eficiência do trabalho de base existente no basquete nacional. Na final (11 de novembro), o Brasil derrotou o anfitrião Uruguai por 65 a 57, no ginásio Antônio Maria Borderes.

Chicão foi assistente-técnico da treinadora Thelma Tavernari | Foto CBB/Divulgação

Chicão foi atleta de alguns dos principais técnicos do basquete brasileiro, por exemplo, como os consagrados Hélio Rubens e Ary Vidal.

“Ainda temos muito a evoluir nas categorias de base no basquete na Grande Florianópolis. Trabalhamos desde os fundamentos mais básicos, para quem está apenas começando no esporte. A postura, a importância do sistema defensivo e os arremessos são alguns dos pontos mais explorados nos treinamentos”, conta o ex-atleta profissional.

Além de fazer carreira no esporte, o olheiro da CBB também foi artista de cinema. Ele fez várias participações e um dos filmes mais famosos foi o Missão Impossível 3, ao lado do norte-americano Tom Cruise.

A associação treina na quadra do Clube Doze de Agosto, bairro Coqueiros, das 14h às 18h, todos os dias da semana. Em 2019, o projeto inclui a abertura de mais seis núcleos na região metropolitana da capital catarinense.

 

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