Santa Catarina sempre revelou atletas talentosos nas mais diversas modalidades. É o caso do joinvilense Heitor Raitz Boaventura, de apenas 9 anos, que tem se destacado nacionalmente no padel, um esporte que tem semelhanças com o tênis.
No padel, que é disputado em duplas, a quadra é envolta por vidros e grades que fazem parte do jogo. Afinal, a bola pode bater nelas e continuar em disputa, o que dá mais dinamismo à partida.
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É nesse ambiente que o pequeno Heitor vem se sobressaindo. Com tão pouca idade, o garoto já conseguiu resultados bastante expressivos e, atualmente, ocupa o terceiro lugar no ranking brasileiro sub-10 da modalidade.
A mãe dele, Denise Raitz Boaventura, também é praticante de padel e diz que o garoto começou a treinar apenas no ano passado.
“Ele sempre brincava comigo, batia bola, mas não treinava. Quando ele tinha 8 anos, participou de um campeonato sub-12 e, claro, foram jogos bem difíceis. Mas vimos que ele tinha potencial e o colocamos para treinar”, contou.
Treinos e primeiros troféus
Heitor começou treinando na G3 Academia, com o professor Michal Bogusz, onde ainda realiza práticas individuais. Além disso, com o tempo, o menino passou a treinar três vezes por semana na Starvie, com os professores Jonatan Bijou, Kalebe Peixer e Luiz Felipe Correa.
E o esforço logo mostrou resultados: nos últimos meses, Heitor vem colecionando troféus importantes. Entre eles estão os de bicampeão do Catarinense sub-10 (1ª e 2ª etapas) e de vice da 3ª Etapa Paranaese, fazendo dupla com Breno Sangoi nas três competições.
Mas as conquistas esportivas do garoto não param por aí: ele também foi vice-campeão brasileiro sub-10, jogando com Pedro Henrique Crizel, vice da Categoria Iniciante, formando dupla com Joaquim Rosa, e campeão da 2ª Etapa Joinvilense (com o pai Rafael Boaventura).
Futuro no esporte
Tantas conquistas em tão pouco tempo revelam uma verdadeira aptidão para o padel. Mas, em um país em que é muito difícil viver do esporte, é possível fazer carreira na modalidade?
Embora seja um esporte relativamente novo, o padel vem crescendo bastante no Brasil, principalmente na região Sul e Sudeste.
Dessa forma, segundo o professor Leonardo Tailor, atualmente já é possível tirar o sustento do esporte. Ele celebra o fato de que, em 2023, a modalidade fez sua estreia nos Jogos Europeus, em Cracóvia, o que dá ainda mais visibilidade ao padel.
“Hoje em dia, no Brasil, já há atletas vivendo exclusivamente do padel. Com o aumento de praticantes, houve um aumento das premiações e do interesse de patrocinadores de participarem dos circuitos. E praticamente todo fim de semana tem torneio, então se o atleta quiser, ele consegue ter uma remuneração com a qual já consiga sobreviver“, disse o professor.
Leonardo também acrescenta que, além de disputarem torneios, muitos desses atletas costumam aumentar a renda dando aulas de padel. Com um número crescente de praticantes, cada vez mais profissionais têm conseguido equilibrar sua vida dessa maneira.
A nova geração, portanto, deve encontrar um cenário ainda mais animador no futuro. Jovens talentosos como o joinvilense Heitor poderão fazer do padel um meio de vida, caso persistam no esporte.