Em nota divulgada nesta terça-feira (26), jogadores e funcionários do Brusque pediram que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) reconsidere a decisão sobre a perda de três pontos Série B do Campeonato Brasileiro pelo caso de racismo contra o meia Celsinho, do Londrina.
A carta foi lida pelo atacante Edu. Nela, os atletas disseram que o grupo é composto em sua maioria por afrodescendentes e que a decisão do tribunal não penaliza o responsável pelo ato.
“Somos contra todo e qualquer ato de racismo ou qualquer outra forma de discriminação. Desde o episódio, ocorrido no dia 28 de agosto, temos nos manifestado através de nossas redes sociais, em entrevistas e nos ajoelhado em campo para protestar contra o racismo, do qual alguns de nós já foram alvo”, diz uma parte da nota.
Além da perda dos pontos, o Quadricolor sofreu uma multa de R$ 60 mil. Já Júlio Antônio Petermann, presidente do Conselho Deliberativo, foi suspenso por 360 dias e multado em R$ 30 mil pela injúria racial.
O conselheiro foi acusado de chamar o jogador de “macaco” durante o jogo entre as equipes, no dia 28 de agosto, pela 21ª rodada, no estádio Augusto Bauer.
Inclusive, o time paranaense divulgou o vídeo em que é possível ouvir o grito. A postagem se deu como resposta a nota da equipe catarinense no dia seguinte a denúncia, afirmando que o jogador fez “falsa imputação de crime” e que ele estava sendo “oportunista”.
O Quadricolor, que pediu desculpas dois dias depois em outro comunicado, e adotou duas medidas: afastou o dirigente e instalou câmeras para captar o áudio das arquibancadas.