Quatro dias depois de conquistar a Libertadores, Filipe Luís comemorou o título do Campeonato Brasileiro na noite de quarta-feira (3) após a vitória por 1 a 0 sobre o Ceará, no Maracanã.
Essa é a quinta taça do jaraguaense no comando do time principal em pouco mais de um ano, se igualando a Jorge Jesus, uma das suas referências na profissão com quem trabalhou no Rubro-Negro entre 2019 e 2020.
Além da Libertadores e do Brasileirão, o técnico faturou a Copa do Brasil (2024), Supercopa do Brasil (2025) e Carioca (2025). Em 85 jogos, são 54 vitórias, 21 empates e apenas 10 derrotas, um aproveitamento de 71,7% dos pontos.
Já como jogador do clube, foram 10 canecos: Libertadores (2019 e 2022), Brasileirão (2019 e 2020), Copa do Brasil (2022), Supercopa (2020 e 2021), Recopa (2020) e Cariocas (2020 e 2021).
O sucesso agora como treinador pressiona a diretoria flamenguista pela renovação de contrato, que ainda não foi acertada. Após o título brasileiro, Filipe Luís destacou que deseja permanecer no clube.
“No Brasil é difícil ter um trabalho longevo, a pressão é muito grande. A gente até vê alguns trabalhos longevos nos últimos anos. No Flamengo é mais difícil, porque é realmente uma máquina de triturar técnicos. Eu cheguei várias vezes aqui, em noites difíceis, e acabei sendo massacrado. Ser campeão brasileiro é muito difícil, para mim é o mais difícil, e eu falei isso para eles. E entendo o quão difícil é se manter. Se depender só de mim, eu estou renovado, mas não depende. Então, eu preciso conquistar o direito de permanecer aqui”, disse.
“Claro que quero ficar, sou feliz aqui, minha família é feliz aqui. Tenho que conquistar o direito de sentar nessa cadeira. Para isso trabalho todos os dias muitas e muitas horas e vou continuar”, completou.
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Trajetória como técnico
Após se aposentar dos gramados em dezembro de 2023, Filipe Luís tirou a Licença A para ser técnico e recusou um convite da CBF para assumir o cargo de coordenador técnico da seleção brasileira feito em janeiro de 2024.
No mesmo mês, aceitou a proposta do Flamengo para assumir o time Sub-17 e somou incríveis 11 vitórias em 13 jogos, coroando o trabalho com o título da Copa Rio em junho, derrotando o Vasco nos pênaltis, em pleno São Januário.
Com o destaque, foi promovido ao Sub-20 e repetiu o sucesso. Foram 11 vitórias, dois empates e quatro derrotas, alcançando o ápice da curta trajetória ao ser campeão mundial da categoria com triunfo sobre o Olympiacos, da Grécia, no Maracanã.
Com a demissão de Tite no profissional, o jaraguaense ganhou a promoção e conquistou o título da Copa do Brasil sobre o Atlético-MG na final, após somente nove jogos à frente da equipe.