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Especial Jaraguá Futsal: Garotada na elite e guinada no projeto

Clube conquistou o primeiro título estadual em 1999 | Foto: Arquivo pessoal

Por: Lucas Pavin

31/05/2022 - 15:05 - Atualizada em: 31/05/2022 - 15:57

Em 2022, o Jaraguá Futsal comemora 30 anos de história, conquistas e emoções em amarelo e preto, que foram detalhados em um especial produzido pelo OCP. Confira abaixo a segunda parte do material.

Garotada na divisão de elite e sinergia com a torcida

Com a saída dos jogadores nascidos em 1979, surgiu um novo time em 1997, formado por atletas nascidos em 81, como o fixo Junai, hoje superintendente do Jaraguá Futsal, que havia sido campeão invicto do Estadual Infanto (Sub-16) no ano anterior.

Esses jovens encararam a responsabilidade de disputar as duas principais competições adultas do Estado: os Jogos Abertos de Santa Catarina e o Campeonato Catarinense – Divisão Especial. O peso foi grande e a equipe não obteve resultados significativos, exceto na base, que continuava levantando suas taças.

Porém, tudo começou a mudar em 1998. Sem muita verba de patrocínio, os atletas que não eram relacionados para os jogos cobravam ingressos no Arthur Müller, palco das partidas, no valor de R$ 1.

E a cidade abraçou o projeto. Cada jogo virou uma festa e a torcida passou a lotar o ginásio em todas as partidas, empurrando a ‘gurizada’ diante das principais equipes do Estado.

Hoje completamente repaginado, o Ginásio Arthur Müller já foi a casa do futsal de Jaraguá do Sul | Foto: Divulgação/PMJS

A força vinda das arquibancadas deu ânimo extra a garotada, que mesmo com a discrepância de idade, fez uma boa campanha naquela temporada, quando o Catarinense era dividido em dois turnos, com o campeão de cada disputando a grande final.

O time jaraguaense chegou até às quartas de final do turno, vencendo o jogo de ida em casa contra São Miguel do Oeste, mas perdendo a volta no tempo normal e prorrogação.

No returno, eliminou nas mesmas quartas o Curitibanos, uma das grandes forças da competição, e caiu na semifinal para São Bento do Sul, repletos de ex-atletas do Jaraguá e campeão estadual daquele ano.

A trajetória rendeu uma quinta colocação geral para ADJ, mesma posição conquistada no Jasc. Com o crescimento do projeto, a equipe também recebeu grandes forças do futsal brasileiro, como São Paulo e AGM, para amistosos em Jaraguá do Sul.

“Sempre ganhávamos no Arthur Müller, mesmo enfrentando essas equipes, que tinham jogadores de seleção brasileira e nós com meninos Sub-17 e Sub-18. O Arthur Müller era um caldeirão”, lembrou Maneca.

Acordo com novo patrocinador e guinada no projeto

Desgastado pela rotina pesada de técnico e presidente, Maneca entregou a direção do clube para Sergio Silva (até então presidente Liga Jaraguaense de Futebol de Salão), que assumiu como novo mandatário da ADJ, junto com Carione Pavanello, novo diretor de futsal e principal responsável pela montagem da equipe por muitos anos, além de Osny Matheussi, diretor financeiro.

O trio encabeçou a gestão e montou um conselho com cerca de 60 pessoas, entre eles, empresários da cidade que ajudariam na captação de recursos. E os investimentos começaram a aparecer, tornando o projeto cada vez mais profissional em 1999.

Por intermédio de Pavanello, o Breithaupt virou patrocinador máster e investia R$ 2.500 por mês, mesmo valor dado por Geraldo Werninghaus, então prefeito de Jaraguá do Sul.

Com esse orçamento, os atletas de 81 foram mantidos e o elenco, ainda comandado por Maneca, se reforçou com alguns nomes importantes, como Xande, Altair e Chico, que voltaram ao clube nas primeiras rodadas do Estadual após a passagem por São Bento do Sul.

Eles se juntaram a Marcel, Junai, Chiquinho, Ninho, Adolfo, Gerson, Ciço, Dão, Patrick, Paulinho Friedmann e alguns garotos campeões dos Joguinhos, dentro do Arthur Müller, como Ricardo, Eka (atual pivô do Jaraguá) e Rafinha Poffo.

Nomes que merecem ser lembrados por marcarem um capítulo histórico para o clube. Afinal, esse grupo conquistou o primeiro título dos Jogos Abertos de SC para Jaraguá do Sul e de forma invicta após sete jogos. Bateu Curitibanos na semifinal (3×1) e São Miguel do Oeste na decisão (3×0 na prorrogação – após 3×3 no tempo normal).

Time campeão do Jasc | Foto: Arquivo pessoal

Mas os feitos conquistados não pararam por aí. No Catarinense, o time também fez uma campanha irretocável. Entre turno e returno, foram mais de 20 jogos de invencibilidade e só foi perder no primeiro jogo da final para São Miguel, no Oeste do Estado, por 6×3.

Porém, no ginásio do Sesi completamente lotado com mais de 2 mil pessoas, a equipe jaraguaense deu o troco e goleou o adversário por 6×1, forçando o terceiro duelo, onde voltou a dar show no mesmo local e confirmou o título inédito ao vencer por 5×3.

“Jogamos as finais no Sesi, porque comportava mais pessoas do que no Arthur Müller. Todo jogo nos dois ginásios ficava lotado. 1999 foi um recomeço maravilhoso. A conexão entre jogadores e treinador foi excelente, a ligação com a torcida, tudo deu muito certo”, disse Xande, um dos pilares daquele elenco.

O curioso é que na preliminar da segunda partida da decisão, Jaraguá do Sul levantou a taça do Estadual Infantil (Sub-14). E sabe quem fez parte daquela conquista? Filipe Luís, hoje lateral do Flamengo e com carreira consolidada no futebol, além de Fernando, ex-jogador do Aurinegro e atual auxiliar do time adulto.

*Veja o material completo no link: https://bit.ly/38J1pbP

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Lucas Pavin

Jornalista esportivo, com a missão de informar tudo o que rola na região, seja na base, amador ou profissional.