Em 2022, o Jaraguá Futsal comemora 30 anos de história, conquistas e emoções em amarelo e preto, que foram detalhados em um especial produzido pelo OCP. Confira abaixo a segunda parte do material.
Desativação do projeto
Após sentir o gosto de estrear no Campeonato Catarinense, a ADJ iniciou 1993 trazendo alguns jogadores, como James, Altair, Marquinhos, Daniel e Xande, e voltou a se inscrever para o Estadual.
Toda pré-temporada foi feita e com amistosos. Inclusive, dois contra a campeã mundial Empacel, dos craques Manoel Tobias, Ortiz e Vander Iacovino.
Com a forte preparação, o time chegou bem para estreia no Catarinense e venceu Mafra por 5 a 3, fora de casa. Mas o que ninguém esperava é que, na semana seguinte, as atividades seriam paralisadas após dois meses da temporada, em virtude da escassez de dinheiro.
A empresa patrocinadora resolveu encerrar o investimento e a diretoria decidiu parar com o projeto para não passar por dificuldades financeiras.
Com isso, a maior parte dos atletas migrou para Tuper, de São Bento do Sul, onde muitos ficaram por cinco anos, antes do projeto também ser encerrado no fim de 1998. Nesse período, foram vice-campeões brasileiros, tricampeões do Jasc e Estadual Adulto.
Reativação com a base
No fim de 1994, Jean Leutprecht, juntamente com os irmãos Adilson e Delcio, do Colégio Marista São Luís, convidaram Manoel Dalpasquale, mais conhecido como Maneca, então técnico da própria Tuper, para trabalhar em Jaraguá do Sul.
Na época, a escola jaraguaense havia fechado um convênio com a extinta Fundação Municipal de Esportes para tocar o futsal de base da cidade.
Atual coordenador da escolinha de futebol do Filipe Luís, Maneca aceitou o convite e se mudou para Jaraguá em 1995, acumulando as funções de treinador e presidente.
Com o cargo diretivo, logo reativou a ADJ e focou nas equipes de base. O primeiro plantel montado foi Sub-16 (nascidos em 1979), com atletas que depois virariam ídolos do clube, como o fixo e eterno capitão Chico.
Essa equipe entrou nos Joguinhos Abertos de Santa Catarina e demais campeonatos da Federação Catarinense da categoria. Depois, o treinador/dirigente formou times Sub-11, Sub-12 e de outras categorias menores, dando prioridade a jovens da cidade. E deu certo.
Logo no primeiro ano, já conquistou o Estadual Sub-16 de forma invicta e os Joguinhos, o primeiro de uma sequência de cinco que viriam posteriormente, além de ficar entre os quatro primeiros colocados nas demais categorias.
Primeiro título adulto
Se 1995 marcou a retomada da ADJ, 1996 se tornou o ano da volta do time adulto de Jaraguá do Sul, mas com o grupo ainda todo formado por seus garotos da base.
Sem contratações, a jovem equipe já Sub-17 impressionou Santa Catarina. Afinal, venceu o Estadual Sub-20, foi bicampeão dos Joguinhos e da 1ª Divisão do Catarinense, referente a divisão de acesso na época, batendo Curitibanos na final.
Uma conquista muito comemorada, principalmente pelas dificuldades enfrentadas pela meninada durante toda competição.
“Sofremos muito em jogos fora de casa, porque o pessoal batia muito nos nossos atletas por serem jovens. Em um dos episódios, nosso time precisou ficar trancado no vestiário do ginásio depois de um jogo em Curitibanos, porque vencemos e a torcida queria agredir os garotos. Em outros locais, os próprios jogadores adversários tentavam intimidar os meninos com pisões, socos e cotoveladas, fora do lance de jogo. Mas fomos campeões mesmo assim e aquilo foi muito marcante”, recordou Maneca.
No fim da temporada, os atletas nascidos em 1979 estouraram a idade da categoria e como não havia elenco Sub-20 ou Adulto na cidade, eles foram liberados.
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