Uma entrevista do ex-presidente do Vitória, Paulo Carneiro, ao podcast Zona Mista, vem dando o que falar. Durante a conversa, o mandatário revelou que fraudou um exame antidoping de Matuzalém, revelado pelo Leão da Barra e que atuou na equipe principal entre 1997 e 1999.
“Terminou a temporada, eu estava em casa. Tinha a concentração do lado da churrascaria Boi Preto. Aí o porteiro me ligou dizendo que Preto [Casagrande], Allann Delon, Matuzalém entraram de madrugada lá, pularam o muro, bateram no cara. Aí eu peguei o carro e fui lá. Quando cheguei, na portaria, primeiro achei foi Preto. Bateu no sofá e caiu sentado. Covarde da p****. Aí eu queria pegar a Matuzalém. Aí subi a escada atrás de Matazulém. Troquei até urina para salvar o doping dele, que ele era maconheiro”, contou Carneiro.
Mas não parou por aí. O dirigente ainda afirmou que “comprou um desembargador” por R$ 600 mil em uma ação na Justiça contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a emissora TV Globo.
“Entrei com uma ação contra a CBF e contra a Globo. Peguei um advogado no Rio, meu amigo Pedro Paulo Magalhães, bom pra caramba, e eu comprei um desembargador no Rio por R$ 600 mil”, disse o cartola, que se surpreendeu ao ser avisado que estava ao vivo.
“Vocês estão de brincadeira. Estão falando sério? Tira aí, por favor. Pelo amor de Deus, nem brinque com isso. Pode tirar aí ou eu paro. Tira essa, p… Estou pensando que acabou. Tira essa, p…, hein, pelo amor de Deus, senão sou preso”, declarou.
Paulo Carneiro presidiu o Vitória entre 1991 e 2000, retornando ao cargo entre 2019 e 2022, quando acabou afastado do cargo por “indícios de gestão temerária” em decisão do Conselho Deliberativo do clube.