Dominante em Santa Catarina após os títulos estaduais de Skate Park e Bowl, Ana Clara Cardoso de Aguiar mostrou seu talento a nível nacional. Em Curitiba (PR), a jaraguaense se sagrou campeã brasileira de Skate Park, no Centro Nacional de Treinamento da modalidade (CNTSK8), recém-construída no Complexo do Tarumã.
Aninha, como é conhecida, chegou ao feito com a melhor nota logo na primeira volta: 53.00. Guadalupe Corgiolu, de Imbituba, ficou em segundo, com 49.00, e Alice Nassi, de São Bernardo do Campo (SP), fechou o pódio em terceiro, com 45.00.
Campeã catarinense Mirim, a skatista de apenas 12 anos tinha vaga garantida para essa categoria no Brasileiro. Porém, com o objetivo de estar nas Olimpíadas de Los Angeles em 2028, a jovem decidiu participar da Seletiva Sul para a competição nacional de Park, modalidade olímpica, na categoria Iniciante que corresponde ao Sub-16.
E a decisão foi certeira. Com o segundo lugar na Seletiva no mês de setembro, em Criciúma, ela assegurou classificação e se preparou durante 10 dias em um Centro de Treinamento em Limeira (SP), que elevou seu nível até chegar ao título brasileiro.
“Estou muito contente com o resultado. Desde a Seletiva Sul, treinei muito na Brothers Skate Park, em Limeira. E, em Curitiba, foram duas semanas intensas com meu treinador Felipe Guimarães. Valeu cada gota de suor, cada tombo. O título de campeã brasileira de Skate Park 2023 é nosso, é de Santa Catarina”, disse.
Com o fim da temporada, Aninha agora foca no primeiro grande objetivo de 2024 que é buscar uma vaga na seleção brasileira Junior. E se depender da sua determinação, isso parece ser questão de tempo.
A garota, que hoje mora em Balneário Camboriú e compete por Itapema, vive uma rotina de atleta profissional, com direito a preparação física coordenada por Fernando Ricci, preparador de surfistas com William Cardoso ‘Panda’ e Miguel Pupo, e fisioterapia com a coordenação de Bruna Grano, atual fisioterapeuta do bicampeão mundial de surfe, Filipe Toledo.
Além disso, pratica pilates, yoga, natação e conta com uma psicóloga para controle da parte emocional. Tudo pensado e planejado para seu desenvolvimento não só no skate, mas também no surfe, modalidade que foi sua porta de entrada para o esporte da pista e na qual também vem se destacando.
Aliás, ela poderia ter sido campeã estadual de surfe Sub-14, mas precisou abrir mão da última etapa por coincidir a data com o Brasileiro de Skate.
“Tínhamos de fazer a escolha e optamos pelo Skate. Levar as duas modalidades é um desafio a mais, mas temos a consciência de que o momento é de evolução e que a opção por uma modalidade ou outra virá no tempo certo e será uma escolha natural dela”, destacou o pai Alecksandro.