Teve início, nesta segunda-feira (5), o julgamento de Daniel Alves, acusado de estupro contra uma mulher albanesa em uma boate de Barcelona, na Espanha, em dezembro de 2022.
Sem algemas, o jogador acompanhou a audiência no Tribunal em silêncio e conseguiu, através de sua advogada Inés Guardiola, o direito de depor no fim do julgamento do caso, que deve acontecer na quarta-feira (7).
A defesa do lateral também tentou a suspensão do julgamento oral destacando o período inicial de investigações sem o conhecimento do jogador e a não aceitação do juiz de instrução para que um segundo perito examinasse a denunciante. Porém, foi negado pela juíza Isabel Delgado Pérez.
O dia ainda ficou marcado pelo depoimento da vítima, feito a portas fechadas, com a voz distorcida e sem contato visual com o brasileiro. De acordo com os jornais La Vanguardia e El Periódico, ela manteve a acusação de agressão sexual e deu sua versão por uma hora e 15 minutos.
Além disso, uma amiga e uma prima da mulher, o porteiro do estabelecimento e dois garços foram ouvidos. As pessoas próximas da vítima afirmaram que a denunciante está com trauma, teria dito que “ele (Daniel Alves) me fez muito mal” e “não confia mais em ninguém”.
Já os funcionários da boate relataram que não notaram “nada de estranho” no comportamento de Daniel Alves, tendo em vista o consumo de álcool durante a noite.
O julgamento segue nesta terça-feira (6), com depoimentos de 22 testemunhas, entre elas, a esposa de Daniel Alves, Joana Sanz.
O jogador de 40 anos está em prisão preventiva sem direito a fiança desde o dia 20 de janeiro e nega ter cometido o crime, que teria acontecido no dia 30 de dezembro de 2022, na boate Sutton, em Barcelona.
O Ministério Público pede nove anos de prisão ao ex-jogador da seleção brasileira, enquanto a defesa da vítima pede a condenação por 12 anos, que é a pena máxima prevista para esse tipo de crime na Espanha. Além disso, exige uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) por sequelas físicas e psicológicas.