Caso Daniel Alves: confira tudo sobre o segundo dia de julgamento

Foto: Reprodução

Por: Lucas Pavin

06/02/2024 - 16:02 - Atualizada em: 06/02/2024 - 16:38

O julgamento de Daniel Alves, acusado de estupro contra uma mulher albanesa em uma boate de Barcelona, na Espanha, em dezembro de 2022, prosseguiu nesta terça-feira (6).

E o segundo dia no Tribunal ficou marcado pelo consumo de álcool do jogador naquela noite, já que a embriaguez é uma das estratégias da equipe de defesa para tentar atenuar a pena, em caso de condenação, conforme divulgado pela imprensa espanhola.

A juíza Isabel Delgado Pérez ouviria 22 pessoas, mas duas foram dispensadas. Um dos depoimentos foi da esposa Joana Sanz. Ela contou que Daniel Alves chegou em casa bêbado.

“Ele foi comer com seus amigos no restaurante. Passou o dia aí e voltou era quase 4 da manhã. Voltou muito bêbado, fedendo a álcool. Bateu no armário e caiu na cama”, disse.

Já os amigos do brasileiro relataram que todos estavam em um restaurante desde o meio da tarde. No início da madrugada, o grupo foi para um bar e depois para a boate Sutton, onde tudo ocorreu.

“Exatamente não lembro, mas foi bastante porque ficamos desde 14h30 até 1 da manhã, então bebemos muito. Eu diria que pedimos umas cinco garrafas de vinho, uma de uísque. Thiago não bebe, Bruno bebe pouco, então eu e Daniel bebemos muito. Pedimos quatro drinks de gin tônica. Ele tinha bebido bastante”, contou Ulises, um dos amigos que estava no local.

O gerente da casa noturna também deu sua versão e afirmou que o lateral “não estava como sempre” e que foi complicado convencer a vítima a denunciar o jogador, ativando o protocolo de agressão, segundo informações do jornal espanhol La Vanguardia.

Policiais que atenderam a denunciante e participaram da prisão de Daniel Alves também prestaram depoimento.

Um deles garantiu que as câmeras de segurança ratificam a versão da mulher, enquanto outro relatou que impressões digitais foram encontradas dentro do banheiro na área da pia, no espelho, na tampa do vaso sanitário e na cisterna.

O julgamento deve ser finaizado nesta quarta-feira (7), sendo que o próprio jogador é o último a depôr. A medicina forense (forenses, psicólogos, analistas científicos, provas biológicas) e documental (com visualização de vídeos de câmaras de segurança) também farão parte da audiência.

O lateral 40 anos está em prisão preventiva sem direito a fiança desde o dia 20 de janeiro e nega ter cometido o crime, que teria acontecido no dia 30 de dezembro de 2022, na boate Sutton, em Barcelona.

O Ministério Público pede nove anos de prisão ao ex-jogador da seleção brasileira, enquanto a defesa da vítima pede a condenação por 12 anos, que é a pena máxima prevista para esse tipo de crime na Espanha. Além disso, exige uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) por sequelas físicas e psicológicas.

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Lucas Pavin

Jornalista esportivo, com a missão de informar tudo o que rola na região, seja na base, amador ou profissional.