Mais uma vez, as bolas de três pontos foram a pá de cal para o Basquete Joinville. Jogando em Belo Horizonte na noite desta segunda-feira (29), a equipe foi derrotada pelo Minas por 85 a 73, em noite apagada dos irmãos Vezaro e de estreia de Anton Cook.
Assim como no último jogo, as bolas de longa distância foram cruciais para a derrota joinvilense. Sem conseguir marcar o perímetro, a equipe comandada por Daniel Lazier viu o Minas colocar 11 bolas de três pontos das 25 tentadas, um aproveitamento de 44%, em noite inspirada no norte americano Coleman. Cestinha da partida com 21 pontos, ele ainda conseguiu três assistências, quatro rebotes e quatro roubadas de bola.
Pelo lado joinvilense, destaque para o pivô Mathias, que ficou a um ponto de um double-double (9 pontos e 10 rebotes), e para o cestinha da equipe Anton Cook, que com pouco menos de 23 minutos jogados, anotou 13 pontos, um a mais que Vezarinho.
O Joinville pecou na eficiência: 45% nas bolas de longa distância, 34% nos arremessos para dois pontos e apenas 34 rebotes. Além disso, a falha na marcação e no posicionamento permitiram que o Minas jogasse solto e com liberdade para os chutes de três, construindo a vantagem a partir, principalmente, do terceiro período.
Com Anton Cook à disposição, Daniel Lazier não mudou seu quinteto titular e entrou para o primeiro período com Vezarinho, Vezaro, Mathias, Bambu e Socas, os cinco titulares em todos os jogos até aqui.
Entrosado, o time começou bem e o capitão da equipe inaugurou sua contagem nas bolas de longa distância. Sem ter pontuado do perímetro até a noite desta segunda-feira, Socas já meteu logo duas em menos de três minutos, garantindo vantagem para o Joinville.
Característica de Lazier, a rotação foi intensa no primeiro período e o norte americano Cook debutou com a camisa preta do Joinville substituindo Vezarinho, restando pouco menos de seis minutos. E debutou com tudo, sendo o cestinha do período, com sete pontos. Socas veio na sequência, com seis.
Mas, se o Joinville começou bem, o Minas não ficou para trás, afinal, não é favorito à toa. Com a força dos reforços norte americanos e de Paranhos, os donos da casa garantiram a igualdade no placar no primeiro quarto. O pivô Mathias, forte no garrafão, garantiu seis rebotes para o Joinville dos 13 da equipe, um a mais do que o Minas.
Já no segundo período, o Joinville pecou na marcação das bolas de longa distância e cedeu a Bob, Coleman e Wesley BH a chance de marcar, os três não decepcionaram. Com erros de passe, o Joinville permitiu que o Minas abrisse vantagem e mesmo com boa atuação de Jerônimo, Mathias e mais uma vez o armador Cook, a equipe joinvilense perdeu o período por 13 a 10 e foi para o intervalo com sete pontos atrás no placar: 37 a 30. Arma eficiente do Joinville, nenhuma bola de longa distância caiu na cesta do Minas.
Coleman voltou incendiado dos vestiários. No terceiro período, o norte americano acumulou 10 pontos, uma assistência e quatro roubos de bola, garantindo a pontuação máxima individual da partida. Com uma sequência de bolas de longa distância, o Minas esticou a vantagem e em três minutos, os sete pontos de frente se multiplicaram e o time da casa já estava com 13 pontos à frente.
Pelo lado joinvilense, a atuação apagada dos irmãos Vezaro foi sentida. Vezarinho marcou a primeira cesta de quadra apenas no terceiro período e apesar de ter esquentado a mão convertendo as bolas do perímetro, não conseguiu segurar a eficiência mineira. Mais uma vez, a marcação deficiente das bolas de longa distância permitiu que o adversário amontoasse três pontos e a vantagem aumentou para 20 pontos, com o Minas fechando o período em 30 a 17 e acumulando 67 a 47 no jogo. Só no terceiro período foram cinco bolas de longa distância para os donos da casa, com um aproveitamento de 71%.
Com uma vantagem confortável no placar, o Minas apenas administrou os últimos 10 minutos para garantir a vitória e contou ainda com muitos erros de passe do Joinville, que parecia completamente perdido na partida. A equipe catarinense só pontuou com mais de quatro minutos no relógio, com uma bola de três de Felipe Vezaro. Além dele, Cook, Weihermann, Dieguinho e Vezarinho pontuaram do perímetro, mas o Minas manteve a marcação forte e a eficiência no ataque e embora tenha sido superado no período – 18 a 26 – garantiu a vitória dentro de casa fechando a partida em 85 a 73.
Para Jefferson Socas, a forte marcação mineira anulou a movimentação do Joinville e fez com que a equipe acabasse desorganizada em quadra. Além disso, o armador destacou a ineficiência defensiva, que permitiu a ampla pontuação e vantagem do Minas. “Não conseguimos fazer nossas movimentações, o Minas conseguiu nos tirar das nossas posições”, disse. “Eu acho que não tem jogo fácil esse ano, principalmente para nós. Somos um time novo e teremos altos e baixos, é normal. Agora precisamos trabalhar porque o campeonato é longo”, completou.
O Joinville volta à quadra na próxima quinta-feira (1), quando recebe o Corinthians, no Centreventos Cau Hansen, às 19h. A partida terá transmissão do Facebook do NBB.
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