Equipe feminina adulta de basquete é reativada em Jaraguá do Sul

Por: Lucas Pavin

05/04/2018 - 06:04 - Atualizada em: 13/04/2018 - 16:34

Um novo projeto ressurge na cidade Jaraguá do Sul. Depois da histórica participação na Liga Nacional (LBF) de 2015, o basquete feminino adulto do município retorna às quadras na atual temporada, repetindo as ações recentes do basquete masculino e voleibol feminino que também reativaram suas equipes principais em 2017 e 2018, respectivamente.

Capitaneado por Julio Patrício, treinador das categorias de base jaraguaense, o ‘novo’ time tem um grupo formado predominantemente por jovens da casa, com idade de Joguinhos Abertos de Santa Catarina, ou seja, das categorias Sub-17 e Sub-19. As novidades ficam por conta de duas jogadoras trazidas de importantes polos da modalidade no Estado: Thais, de Campos Novos, e Caroline, de São Miguel do Oeste. “Estamos buscando novos recursos para que possamos trazer mais duas ou três atletas com nível melhor e mais experientes para enquadrarmos no grupo”, ressaltou Patrício.

Com treinos diários no Ginásio Arthur Muller, o grupo de 12 meninas se prepara para a disputa do Campeonato Catarinense, que inicia em junho e terá um total de dez equipes, separadas em duas chaves. A tabela já está definida, com Jaraguá enfrentando Joinville, Florianópolis, São Miguel do Oeste e Chapecó. Este será o primeiro dos dois campeonatos em vista do projeto para temporada, sendo que o segundo é o tradicional Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC), agendado para 6 a 14 de setembro, em Caçador.

Mas os sonhos vão muito além de uma simples participação no Estadual. Segundo o técnico Julio Patrício, a intenção é o basquete jaraguaense estar brigando por medalhas no Catarinense e JASC em torno de três anos. Fixando esse posto, há o interesse e grande desejo de voltar a Liga Nacional, competição que deixou saudades aos amantes do esporte na cidade. “Muitas pessoas pedem se vamos voltar a jogar a Liga Nacional. Com todo respeito as outras cidades, talvez o basquete feminino nunca colocou tanta gente no ginásio como conseguimos em 2015. Cada jogo tinha uma média de 1 mil pessoas no Arthur Muller e sempre falei que o público feminino de Jaraguá precisa de uma equipe de nível nacional. Esse é um grande incentivo para nós”, disse.

No entanto, o treinador ressaltou que o projeto precisa ser feito de forma detalhada e com grandes apoiadores para ter uma continuidade, e não seja interrompido repentinamente como fora há três anos. “Em 2015 foi uma aventura que teve muitas pessoas envolvidas no projeto. A maioria das meninas vieram de fora, próximo do início do campeonato, e a nossa preparação foi muito pequena. A pena é que foi uma iniciativa momentânea que não criou raízes. Agora, queremos plantar a semente, criar uma raiz mais profunda para que a árvore (equipe adulta) não caia de uma hora para outra. Então vamos começar por baixo para que tenhamos uma equipe competitiva por muito tempo”, finalizou.

Busca por patrocinadores

Mesmo que o objetivo inicial seja a participação no Campeonato Catarinense, a equipe corre atrás de patrocinadores para contratar jogadoras mais ‘cascudas’ que auxiliem no processo de reestruturação. De momento, o Basquete Jaraguá conta com o apoio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, que dá toda estrutura de treino e academia; Trimania que distribui um valor substancial a Federação Catarinense e repassa ao clubes; Restaurante Gomes que fornece toda alimentação as atletas; bem como o Colégio Evangélico Jaraguá, com uniformes e bolsas de estudo; Hospital São José e IOT para recuperação das atletas; e associação dos pais com algumas ajudas de custos e promoção de eventos.

“O grosso da estrutura está formado, mas para ter um time adulto precisa de um incremento para poder pagar salário ou ajuda de custo. Estamos correndo atrás para que possamos ter novos parceiros e um time mais forte. Mas no primeiro momento, a intenção é voltar as quadras e ter uma boa participação no Estadual e JASC”, destacou Julio Patrício. “Precisaríamos em torno de R$ 5 mil por mês para poder trazer três jogadoras com nível razoável, formando uma boa equipe para fazer um belo campeonato, que tem Blumenau e Chapecó como principais forças”, completou.