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Atlântico é eliminado do Gauchão de Futsal após abandonar jogo por caso de racismo

Partida foi interrompida na prorrogação | Foto: Reprodução/RBS TV

Por: Lucas Pavin

06/12/2024 - 13:12 - Atualizada em: 06/12/2024 - 17:11

Depois do time deixar a quadra no jogo de volta da semifinal da Liga Gaúcha de Futsal (LGF) em protesto contra um caso de injúria racial, o Atlântico foi eliminado da competição em julgamento feito pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS).

O episódio aconteceu no último sábado (30), quando o time de Erechim enfrentava o Guarany, em Espumoso (RS), e a partida acabou sendo interrompida após o goleiro João Paulo relatar ter sido chamado de “macaco” por um torcedor que estava no ginásio Módulo Esportivo.

Diante do caso, os jogadores e a comissão técnica do Galo decidiram abandonar o jogo e não retornar mais. O time havia vencido no tempo normal por 4 a 1 e a paralisação ocorreu aos 4min10s do tempo extra, quando o placar estava 1 a 1.

Após 3h30min de julgamento, o TJD-RS decretou o cancelamento da partida e os três pontos para o Guarany, que disputará a final contra a Yeesco. Porém, o clube de Espumoso terá que pagar uma multa de R$ 10 mil e jogar com portões fechados em dois jogos.

Se não bastasse a eliminação, o Atlântico ainda foi punido com uma multa de R$ 100. Já o torcedor responsável pelo ato de racismo ficará proibido de frequentar o ginásio por 720 dias. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso na esfera criminal.

Confira a nota do Atlântico:

O Tribunal de Justiça Desportiva da Liga Gaúcha de Futsal decidiu nesta quinta-feira, 5 de dezembro, por eliminar o Atlântico do Gauchão de Futsal Série A nesta temporada, após a paralisação do jogo das semifinais diante do Guarany, por crime de racismo contra o nosso goleiro João Paulo.

𝐎 𝐀𝐭𝐥𝐚̂𝐧𝐭𝐢𝐜𝐨, 𝐜𝐥𝐮𝐛𝐞 𝐜𝐨𝐦 𝟏𝟎𝟗 𝐚𝐧𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐚 𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞𝐦𝐩𝐫𝐞 𝐩𝐫𝐢𝐦𝐨𝐮 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐫𝐞𝐬𝐩𝐞𝐢𝐭𝐨 𝐞 𝐯𝐚𝐥𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐦𝐨𝐫𝐚𝐢𝐬 𝐞 𝐞́𝐭𝐢𝐜𝐨𝐬, 𝐫𝐞𝐬𝐩𝐞𝐢𝐭𝐚 𝐭𝐚𝐥 𝐝𝐞𝐜𝐢𝐬𝐚̃𝐨, 𝐩𝐨𝐫𝐞́𝐦 𝐧𝐚̃𝐨 𝐜𝐨𝐧𝐜𝐨𝐫𝐝𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐚 𝐦𝐞𝐬𝐦𝐚, 𝐮𝐦𝐚 𝐯𝐞𝐳 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐧𝐭𝐞𝐧𝐝𝐞: 𝐬𝐞𝐫 𝐞𝐬𝐭𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐟𝐚𝐥𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐬𝐩𝐞𝐢𝐭𝐨 𝐚𝐨 𝐠𝐨𝐥𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐉𝐨𝐚̃𝐨 𝐏𝐚𝐮𝐥𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐨𝐟𝐫𝐞𝐮 𝐨 𝐜𝐫𝐢𝐦𝐞 𝐫𝐚𝐜𝐢𝐚𝐥 𝐧𝐨 𝐣𝐨𝐠𝐨 𝐞𝐦 𝐄𝐬𝐩𝐮𝐦𝐨𝐬𝐨, 𝐚𝐨𝐬 𝐚𝐭𝐥𝐞𝐭𝐚𝐬 𝐝𝐨 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐜𝐥𝐮𝐛𝐞 𝐞 𝐚𝐨𝐬 𝐝𝐞𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐫𝐚𝐦 𝐨𝐟𝐞𝐧𝐝𝐢𝐝𝐨𝐬 𝐞 𝐬𝐞 𝐬𝐨𝐥𝐢𝐝𝐚𝐫𝐢𝐳𝐚𝐦 𝐜𝐨𝐦 𝐚 𝐜𝐚𝐮𝐬𝐚 𝐝𝐨 𝐫𝐚𝐜𝐢𝐬𝐦𝐨; 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐫𝐞𝐢𝐧𝐜𝐢𝐝𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐟𝐚𝐭𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐫𝐚𝐜𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐧𝐨 𝐦𝐞𝐬𝐦𝐨 𝐥𝐨𝐜𝐚𝐥 𝐝𝐨 𝐣𝐨𝐠𝐨, 𝐢𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐧𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚 𝐨 𝐚𝐭𝐥𝐞𝐭𝐚 𝐊𝐚𝐮𝐞̂, 𝐝𝐨 𝐀𝐭𝐥𝐚̂𝐧𝐭𝐢𝐜𝐨, 𝐞𝐦 𝟐𝟎𝟐𝟑, 𝐞 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐚𝐛𝐫𝐚𝐧𝐝𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐚 𝐩𝐞𝐧𝐚 𝐢𝐦𝐩𝐨𝐬𝐭𝐚.

Reiteramos nosso apoio aos atletas do Galo e esperamos que crimes como este não se repitam, pois não faz parte do que entendemos como esporte, que serve como uma ferramenta importante de inserção social a todo ser humano.
A direção do Clube analisa as próximas providencias a serem tomadas.

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Lucas Pavin

Jornalista esportivo, com a missão de informar tudo o que rola na região, seja na base, amador ou profissional.