A imensa maioria das notícias veiculadas sobre o Corpo de Bombeiros Voluntários de Jaraguá do Sul são relacionadas com os atendimentos de acidentes de trânsito. Porém, a maior parte do trabalho dos bombeiros voluntários não aparece nas páginas do OCP.
Dos 5.799 antendimentos pré-hospitalares realizados em 2020, 53% deles foram de emergências médicas, o que dá um total de 3.094 casos. Para se ter uma ideia, a corporação atendeu 1.437 acidentes de trânsito, o equivalente a 24% das ocorrências.
O comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Jaraguá do Sul, Neilor Vincenzi, destaca que a maior parte das emergências médicas são de pessoas que sofrem maus súbitos e precisam ser encaminhadas para o hospital pelos socorristas para passar por uma avaliação médica.
“Em muitos casos, essas pessoas poderiam ser levadas para o hospital com meios próprios. Em muitos atendimentos, não há uma urgência ou mesmo uma emergência, apenas uma necessidade de passar por uma avaliação médica no hospital”, destaca o comandante.
Vincenzi explica que as pessoas precisam avaliar se há a necessidade do atendimentos dos bombeiros. Por exemplo, os casos de paradas cardiorrespiratórias ou acidentes vasculares cerebrais estão no rol de ocorrências que precisam de um atendimento dos bombeiros voluntários.
“Uma parada cardíaca ou um AVC são situações que comprometem a vida, que precisam de uma resposta imediata para que o paciente tenha mais chances de sobreviver. Se a situação não compromete a vida de imediato, a pessoa pode ser transportada por outros meios”, avalia Vincenzi.
O comandante reitera que as emergências médicas devem ser, preferencialmente, atendidas pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). As ligações feitas através do telefone 192, após uma primeira coleta de dados com técnicos de atendimento, são repassadas para um médico regulador.
“Através do número 192 você pode pedir uma orientação médica e saber se há a necessidade de ir para um hospital. Além disso, o Samu pode medicar a pessoa e liberar o paciente na residência. Em um caso de hipoglicemia, o bombeiro vai ter que levar a vítima para o hospital. Se for o Samu, o técnico de enfermagem pode medicar o paciente em casa e liberar após avaliação”, explica.