Cicloturismo e turismo de aventura. Conheça o Circuito das Araucárias e o Rio do Júlio

Por: Elissandro Sutil

21/12/2020 - 17:12 - Atualizada em: 22/12/2020 - 11:13

Para os aventureiros, a rota da natureza não deixa a desejar. É possível encontrar circuitos bem elaborados de cicloturismo, bem como, de turismo de aventura. Com paisagens exuberantes, e infra estrutura para recepcionar a todos os interessados. Confira mais detalhes dos circuitos que valem a pena serem conhecidos:

Circuito das Araucárias

Com 248 quilômetros de extensão, esta rota é excelente para quem gosta de pedalar. O longo trecho abrange 4 cidades do Planalto Norte Catarinense: Campo Alegre, Corupá, Rio Negrinho e São Bento do Sul. Ao longo do caminho você poderá contemplar fauna e flora com lindas cachoeiras, vales e montanhas tecendo uma paisagem inesquecível.

Para quem quiser dar uma pausa na aventura e se deliciar com a culinária da região, irá encontrar história e a tradição, em sintonia com pratos deliciosos.

Planejamento

  • Você poderá utilizar mapas, cartilhas e guias durante o caminho do circuito, eles estão disponíveis no site. A dica é visitar o site antes de se aventurar.
  • Pontos de checagem estarão disponíveis, espalhados por vários pontos, neles você pode dar uma pausa e descansar.
  • Ao longo do trajeto você ficará encantado com a natureza e os pontos turísticos.
  • Ao término do circuito, os aventureiros recebem da organização um certificado de conclusão.

A paisagem que você encontrará é bem variada, alternando entre serras a planaltos ou vales de rios. A Mata Atlântica é bem preservada, mesclada com florestas de imponentes e belas araucárias, motivo do nome do circuito. Há ainda uma incrível sequência de 14 quedas de cachoeiras em menos de 3km.

O Morro da Igreja, é uma atração a parte, se destaca à grande distância e possui um paredão de pedra onde os escaladores praticam o rapel (um dos maiores do Brasil, com 245m).

Morro da Igreja

Os Campos do Quiriri, uma área de preservação que pode ser conhecida a partir do Circuito e de onde, em dias claros, avista-se todo o litoral norte de Santa Catarina.

Foto divulgação

Rio do Júlio

A estrada do Rio do Júlio possui caminhos antigos. Por este motivo, o local hoje é preservado e o cenário encontrado ao longo do trajeto é de pura contemplação. O nome da estrada é uma referência Julius Albrecht, um imigrante alemão que tinha terras na região e trabalhava na agricultura, se estabelecendo na região por volta de 1902. Ele está enterrado no cemitério da região do Bracinho.

  • São aproximadamente 28 quilômetros de subida em maio à Mata Atlântica, e a maior parte do território fica dentro no território de Joinville ao extremo norte de Schroeder, que liga a pequena cidade à serra Dona Francisca.

Foto: Valmir Singh

O destino é muito procurado pelos ciclistas, devido a uma subida que ultrapassa 800 metros acima do nível do mar, é preciso estar preparado para o trajeto.

Desfrutar do caminho é o ponto principal, as áreas cobertas e com residências vão dando espaço a mata que vai pouco a pouco se fechando ao redor do caminho.

No trajeto é possível encontrar uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Bracinho, conhecida carinhosamente como Usina do Bracinho, e a Estação de Tratamento de

Água da cidade de Schroeder. Toda a água que abastece a cidade de Schroeder é oriunda do Vale Rio do Júlio. É possível perceber isso em alguns pontos.

Foto divulgação

Você poderá conhecer o Rio Macaquinho que atravessa o caminho. Água cristalina e fresquinha corre entre as rochas e desce para a grota. Adentrando um pouco, se encontra uma queda onde é possível para se refrescar um pouco.

Território joinvilense

Nos primeiros 10 quilômetros de percurso, se atravessa o limite entre Schroeder e Joinville. O cenário rural começa a aparecer. A parte joinvilense do Rio do Júlio é mais habitada, afinal, segundo o historiador Ademir Pfiffer, a estrada começou a ser construída a partir da Serra Dona Francisca, no final do século 19, ganhando os primeiros moradores.

A igrejinha das hortênsias

A igrejinha encontrada ao longo do caminho é muito famosa. Delicada, fica no topo de um morro e é feita de madeira, a arquitetura antiga é linda!

Foto: Valmir Singh

Os entornos da igreja são floreados de hortênsias, que dá aos visitantes a impressão de estar dentro de um pintura.

A melhor a época para visitar é novembro, quando acontece o desabrochar das flores. O caminho entre os arbustos precisa ser feito a pé para chegar até a construção de madeira. Os turistas também encontrarão adiante um moinho desativado, e algumas prainhas junto ao ribeirão que acompanham a estrada.

A viagem termina chegando a 5 quilômetros da Serra Dona Francisca, em Joinville, que encerra o passeio com sua vista maravilhosa.