O panetone, um dos maiores símbolos das festas de fim de ano, tem uma história rica e cheia de tradições que remontam à Itália, mas que, com o passar do tempo, se espalhou pelo mundo e conquistou paladares em diversos países. Sua origem remonta a séculos atrás e está envolta em lendas e evolução culinária. Vamos entender a trajetória dessa deliciosa iguaria natalina.
A origem do panetone é cercada de mitos e lendas. A versão mais popular aponta para Milão, na Itália, como o berço dessa tradição. A palavra “panetone” vem do italiano “pane” (pão) e o sufixo “tone”, que significa algo grande. Portanto, o nome “panetone” pode ser traduzido como “grande pão”.
Uma das lendas mais conhecidas conta que o panetone foi criado acidentalmente por um jovem padeiro chamado Toni, no século XV. Segundo a história, um nobre de Milão teria encomendado um bolo especial para o Natal, mas o cozinheiro acidentalmente queimou a receita. Desesperado, o padeiro tentou fazer algo rápido e, para salvar a situação, usou ingredientes simples e mais comuns que tinha à disposição, como frutas cristalizadas, passas e mel. O resultado foi um bolo fofo, de sabor suave e doce, que agradou tanto o nobre que o chamou de “pan de Toni” (pão de Toni), nome que mais tarde foi adaptado para “panetone”.
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Embora essa lenda seja encantadora, não há certeza de que seja verídica, mas ela reflete o surgimento do panetone como uma iguaria popular, associada à cidade de Milão, e que se espalhou gradualmente para outras regiões da Itália.
No início, o panetone era bem diferente do produto que conhecemos hoje. Ele era um pão simples, com poucos ingredientes, como farinha, fermento e água, sendo consumido principalmente nas festas de Natal. No entanto, com o passar do tempo, o panetone foi se tornando mais sofisticado. Os ingredientes foram enriquecidos com frutas cristalizadas, uvas passas, nozes e até mesmo chocolate, criando um bolo mais doce e mais festivo, adequado para as celebrações de fim de ano.
A primeira grande mudança aconteceu no século XVIII, quando a receita começou a ser aprimorada e a tradição de fazê-lo durante o Natal se consolidou. A presença de ingredientes como frutas secas e licores era uma maneira de adicionar sabor e de conservar o alimento por mais tempo, algo importante nas festas natalinas.
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Com o tempo, o panetone se espalhou para outras partes da Itália e, posteriormente, para o resto do mundo. No início do século XX, a receita chegou ao Brasil, que hoje é um dos maiores consumidores de panetone fora da Itália.
Com a imigração italiana para o Brasil no final do século XIX e início do século XX, muitas famílias trouxeram consigo as tradições natalinas, incluindo o panetone. No Brasil, o panetone foi adaptado e passou a ter características próprias. A versão mais popular é aquela com frutas cristalizadas e uvas passas, mas o chocolate também ganhou grande destaque, especialmente a partir da década de 1990, com o surgimento dos panetones recheados.
Além disso, com o crescimento das indústrias alimentícias, o panetone se tornou um produto mais acessível, disponível em supermercados durante toda a temporada de Natal. As versões comerciais passaram a ser produzidas em larga escala, e variações como panetones de chocolate, de doce de leite e até versões sem glúten começaram a ser oferecidas, atraindo ainda mais consumidores.
Atualmente, o panetone é um ícone das festas natalinas em muitos países, não só na Itália e no Brasil, mas também em diversas partes da América Latina, Estados Unidos e Europa
Panetone no Brasil
No Brasil, o panetone é um produto amplamente consumido no período que antecede o Natal. Sua presença nas mesas de confraternizações e nas famílias é quase garantida, e ele é frequentemente trocado como presente entre amigos e familiares. O panetone também aparece em formatos inovadores, como os mini panetones e os panetones de maior porte, com embalagens luxuosas para presentear.