Nas últimas semanas, vídeos criados com inteligência artificial têm viralizado nas redes sociais, chamando atenção pelo realismo impressionante. Muitos internautas têm dificuldade para distinguir o que é real do que foi gerado por computador.
Entre os conteúdos que se espalharam estão um programa de auditório fictício apresentado por Marisa Maiô, personagens bíblicos atuando como influenciadores digitais e até um canguru de apoio emocional embarcando em um avião. Essas produções, que misturam humor e tecnologia, são exemplos de como os vídeos ultrarrealistas vieram para ficar.
Grande parte deles é criada com o Veo, ferramenta de IA desenvolvida pelo Google. Ela permite gerar vídeos de até 8 segundos a partir de comandos de texto (prompts). O destaque do Veo está na qualidade das imagens, no som ambiente e nas vozes realistas, além de corrigir falhas comuns de gerações anteriores de IA.
Com tamanha sofisticação, surge uma pergunta inevitável: como saber o que é real?
Segundo o especialista em inteligência artificial Ricardo Marsili, essa identificação tem se tornado cada vez mais difícil. “É possível prestar atenção em certos detalhes, mas o problema é que, muitas vezes, estamos consumindo esse conteúdo de forma distraída nas redes sociais — e aí, os vídeos passam despercebidos”, alerta.