Vídeo: A ilha mais perigosa do Brasil. Veja!

Por: Juliano Couto

02/12/2019 - 11:12 - Atualizada em: 02/12/2019 - 11:57

Na costa do Brasil, há quase 93 milhas do centro de São Paulo, está a Ilha da Queimada Grande, também conhecida como Ilha das Cobras. Essa ilha já recebeu o título de lugar mais perigoso do mundo, e existe uma boa razão para isso.

Pesquisadores estimam que existam entre uma a cinco cobras por metro quadrado nessa ilha! Além da grande quantidade de serpentes, a espécie em maior número na ilha é a Jararaca-Ilhoa, sendo que seu gênero é o responsável por 90% dos ataques de cobra no Brasil. Estima-se que existam cerca de 4.000 Jararacas-Ilhoa na Ilha.

Cerca de 11.000 anos atrás, os níveis do mar aumentaram, isolando a Ilha da Queimada Grande e fazendo com que as espécies de cobras que viviam na ilha evoluíssem de modo diferente que outras serpentes que ficaram no continente.

Como as cobras que acabaram presas na Ilha da Queimada Grande não tinham predadores no nível do solo, elas se reproduziram rapidamente. O único problema é que elas também não tinham presas, então elas tiveram que se adaptar, subindo para cima das árvores.

Elas passaram a atacar aves migratórias que visitam a ilha sazonalmente. As cobras perseguiam suas presas, mordiam e aguardavam que o veneno fizesse efeito, para poder ir atrás da presa novamente.

Porém, como elas não conseguiam rastrear as aves depois de mortas, seu veneno evoluiu de modo que ele ficasse muito mais potente, cerca de três a cinco vezes mais forte do que de qualquer serpente do continente. Esse veneno é capaz de matar a maioria das presas quase que instantaneamente, e pode até mesmo derreter carne humana.

Não é de se espantar que em 2010, o site Listverse elegeu essa ilha como o lugar mais perigoso do mundo para se visitar.

A chegada à ilha é tão perigosa que, anos atrás, quando os pescadores locais precisavam desembarcar nela, eles só conseguiam após atear fogo nas encostas, espantando as inúmeras serpentes. Por isso a ilha recebeu esse nome, Queimada Grande.

Se mesmo sabendo esses fatos sobre a ilha, alguém ainda pensar em visitá-la, saiba que essa não é uma opção.

Apesar da ilha estar a apenas 30 km de distância das praias de Itanhaém e Peruíbe, essa ilha tem entrada proibida e só pode ser acessada por meio da cooperação da Marinha do Brasil.

Além disso, é exigido que um médico esteja presente em qualquer visita legal, para o caso de algum ataque acontecer.

A marinha brasileira faz uma visita anual na ilha para a manutenção do farol, que desde a década de 1920, foi automatizado. A ilha também é um laboratório importante para biólogos e pesquisadores, que recebem permissão especial para visitá-la, a fim de estudar as jararacas.

 

Veja o vídeo:

 

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Juliano Couto

Jornalista, apaixonado por arte, música e esportes. Coordenador do OCPTV.