Temporada de pesca no Parque Malwee atrai jaraguaenses de todas as idades

Muitas crianças foram pescar no Parque Malwee | Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Gustavo Luzzani

09/01/2019 - 05:01

Rodeado pelo verde da Mata Atlântica e ar puro, o Parque Malwee já seria ideal para relaxar, reunir os amigos e passear com a família em qualquer época do ano.

Mas desde 22 de dezembro, essas belezas ganharam uma nova opção: a temporada de pesca, que vai até o dia 28 de fevereiro.

Além de tentar fisgar alguns peixes, o pessoal aproveita esse período para se entreter mais. No parque, é possível encontrar tilápias, carpas, pacus e traíras.

A temporada de pesca não esta muito satisfatória para o instrutor de pesca Mauricio dos Anjos Junior, de 26 anos.

Desde o primeiro dia que a lagoa está aberta para pescaria, o profissional da área esta lá com seu anzol, mas não vem tendo sucesso, ao contrário dos outros anos.

“Frequento o local há mais de uma década e esse com certeza é um dos piores anos”, relata.

Morador do bairro São Luís, ele continua frequentando o Parque Malwee acompanhado dos amigos e, claro, de sua mãe, Maria Aparecida dos Anjos, 54 anos.

Sentada na beira da lagoa, ela acredita que os produtos usados água reduziram a chance de fisgar um peixe, motivo compartilhado por outros jaraguaenses.

O gestor de manutenção do parque, Ivan Falgatter, garante que o produto que estão sendo utilizado na lagoa não tem nenhuma relação com o baixo número de peixes. “O fato de não estarem pegando é sorte”, indica.

Nesse quesito, Samir Schumann, de 52 anos, se deu bem. Ele conseguiu pescar uma tilápia e conta o seu segredo para pegar os peixes. “Eu costumo usar mortadela picadinha em quadradinhos. Os peixes adoram”, informa.

Ivan ainda comentou que em 2018 foram pegos na lagoa central peixes grandes, o que não é habitual e não deve ser levado como parâmetro pelos frequentadores do parque.

Samir tentando fisgar um peixe junto com sua neta | Foto Eduardo Montecino/OCP News

Crianças tomam conta do parque

O que chama a atenção das pessoas que passam pelo parque é o grande número de crianças na beira da lagoa.

Uma delas é a neta de Samir, Evelyn Mafra, de sete anos, que com o anzol na mão se agitava quando percebia que os peixes mordiam sua isca e ainda aproveitava para provocar sua avó, Maria da Costa Nunes, 72 anos.

“Eu sei pegar peixe, a vó não pega nenhum”, diz abrindo um sorriso em direção a Maria.

Proprietária de uma empresa de moda, Meridiane Cargnelutti, 38 anos, não é muita adepta da pescaria, mas está frequentado o Parque Malwee por um bom motivo.

Ela veio para acompanhar seus filhos Gabriel e Pietro Cargnelutti, de 14 e 7 anos, respectivamente. “Pescar é a maior alegria deles. Tenho que dar um jeito de trazê-los”, enfatiza.

Mas eles não pescam para comer o peixe agora. Eles pegam peixes pequenos e depois os lançam na lagoa que eles têm em sua casa, pertinho do Parque.

Apesar de ser o mais novo, Pietro também é o mais animado e ainda dá dicas para sua mãe fisgar um peixe.

Pietro não sai de perto da lagoa | Foto Eduardo Montecino/OCP News

Ano passado eles pegaram cerca de 150 peixes e Pietro lembra bem de como era a pescaria em 2018. “Eu colocava o anzol e aparecia um monte, mas os peixes grandes nem beliscavam um pouquinho”, conta.

O engenheiro Marcelo Lampert, 41 anos, veio do bairro João Pessoa, viu outras pessoas pescarem peixes grandes e não teve o mesmo exito, mas ele não lamenta. “O principal é a diversão, o ar puro e o contato com a natureza”, ressalta.

Apesar de vir junto com o tio, Ketna Camila Antunes, 9 anos, relata que não tem os segredos para conseguir pescar. “Não tenho paciência, faz uma hora que essa vara está ai e nada”, diz.

Sem conseguir pegar peixes grandes, foi preciso se contentar com os pequenos | Foto Eduardo Montecino/OCP News

Regras para a pescaria

  • A pesca pode ser praticada todos os dias durante o horário de funcionamento do parque, entre 7h30 e 17h;
  • Os pescadores podem realizar a atividade apenas na lagoa central, ou seja, todas as outras estão fechadas;
  • A pescaria pode ser realizada apenas com anzol, ou seja, está proibido qualquer outro tipo de modalidade, como o uso de redes.

 

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