Um soro antiapílico, criado para combater o veneno de picada de abelha, está em teste em hospitais no Sul de Santa Catarina. Foram mais de 20 anos de pesquisa para chegar à substância, desenvolvida por pesquisadores brasileiros.
A região Sul tem muitos apiários e parreiras de uvas. Com tantas abelhas, os ataques são comuns. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, são aproximadamente 15 mil ataques por ano. Em casos em que a pessoa é picada por enxame, o veneno pode até matar.
“O veneno continua fazendo algumas ações no organismo a longo prazo e pode trazer problemas nos rins, no sangue e problemas hepáticos também”, destacou o farmacêutico bioquímico Daisson José Trevisol.
O aposentado Pedro Bressan foi atacado por um enxame de abelhas quando ajudava o irmão a desatolar um carro de boi. “Veio mais de 10 mil. A sorte é que estava com a capa de chuva, a calça de chuva e de bota”, contou.
A vítima chegou ao Hospital desacordado, com mais de 150 picadas. A unidade participa do estudo para testar o soro antiapílico. Ele aceitou fazer o teste e recebeu duas ampolas.
“Ele teve uma melhora muito importante depois da administração do soro. Então acreditamos que, além de seguro, ele é muito eficaz”, explicou a médica Fabiana Trevisol.
Fonte: G1/SC