Socialização na terceira idade ajuda a manter a saúde física e mental

Cecília e Roque | Foto: Fábio Junkes

Por: Elisângela Pezzutti

01/10/2024 - 07:10 - Atualizada em: 01/10/2024 - 10:22

Neste dia 1º de outubro comemora-se o Dia Internacional das Pessoas Idosas. A data foi criada em 14 de dezembro de 1990, pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em nosso país, de acordo com a legislação brasileira, a data deve servir como estímulo para “promover a realização e divulgação de eventos que valorizem a pessoa do idoso na sociedade”.

Especialistas afirmam que, assim como em outras fases da vida, a socialização na terceira idade é uma forma de preservar a saúde mental e física. O fato de envelhecer não impede uma pessoa de ser ativa e de ter uma vida produtiva. A aposentada Cecília Cembranel dos Santos, 64 anos, e o esposo Roque Brand, de 72, são exemplos disso. Eles participam do Grupo de Idosos Mensageiros de Assis, que está completando 30 anos de atividades em Jaraguá do Sul.

Os encontros do grupo acontecem todas as terças-feiras, no Clube Vieirense, localizado na Vila Lalau, e costumam reunir mais de uma centena de participantes, não só de Jaraguá, mas também de cidades vizinhas. Cecília atua como voluntária no grupo, ajudando a preparar o café e organizar a cozinha. “Tem bailinho, depois um café delicioso, sorteio de rifas. É muito bom. A gente não deve ficar parado, o negócio é ocupar a cabeça. Meus dias são bem corridos”, conta dona Cecília, que tem o hábito de fazer caminhas e também ajuda a cuidar dos netinhos menores.

Dona Cecília (primeira à esquerda) joga bocha e canastra nos Jogos da Terceira Idade| Foto: Arquivo pessoal

Momentos preciosos

“Não me prendo muito no serviço de casa, não. Quando minhas netas adolescentes me convidam para tomar um café eu não penso duas vezes, largo tudo e vou. Tomamos um café gostoso, conversamos… adoro fazer isso com as minhas netas! Também faço bastante crochê. Não paro, sempre tenho alguma encomenda”, diz dona Cecília, que fez curso de Técnico em Enfermagem, mas acabou não atuando na profissão, apesar de realizar trabalhos como cuidadora de forma gratuita. “Faço isso até hoje. Muitas vezes vou até o hospital para ajudar a cuidar de alguém. É um trabalho que eu adoro fazer. Gosto muito de cuidar de pessoas. Cuidei da minha sogra, que morreu três dias antes de completar 100 anos”.

No último sábado, dona Cecília e seu Roque, junto com outros integrantes do Grupo Francisco de Assis, viajaram a passeio para Garuva. Os próximos passeios serão para Massaranduba e Corupá. “Todos os meses vamos visitar outros grupos de idosos. Em Garuva tomamos um café colonial. Foi muito legal, muito divertido, a gente conhece pessoas diferentes. Os idosos devem ser incentivados a não ficar só em casa. O convívio com outras pessoas é muito importante”, afirma dona Cecília.

O casal também participa de atividades no Centro de Convivência Arnoldo Leonardo Schmitt, que funciona no Parque Municipal de Eventos Ademar Frederico Duwe, em Jaraguá do Sul, e dos Jogos da Terceira Idade, que acontecem no local. “Este ano eu participei do jogo de canastra e de bocha. Eu adoro jogar bocha”, diz dona Cecília, completando que todo idoso deveria ter a oportunidade de participar de um grupo para se distrair. Seu Roque também participa da competição jogando bocha.

Participantes dos Jogos da Terceira Idade, que acontecem no Centro de Convivência | Foto: Arquivo pessoal

Atividades para o corpo e a mente

O aposentado Laurindo Berri, 70 anos, e sua esposa, Salete Berri, de 63, participam do grupo Amigos da Esperança, da Igreja Adventista do sétimo Dia. Os dois têm uma vida bastante ativa, fazem caminhadas e academia. “Eu também aprecio música, principalmente a instrumental, e a leitura. Costumo ler livros de história, livros religiosos, biografias e, é claro, as notícias do OCP”, diz seu Laurindo, que assim como o casal Roque e Cecília, é assinante do jornal O Correio do Povo há muitos e muitos anos.

O casal Berri participa do grupo Amigos da Esperança e leva uma vida bastante ativa | Foto: Arquivo pessoal

 

 

 

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Elisângela Pezzutti

Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Atua na área jornalística há mais de 25 anos, com experiência em reportagem, assessoria de imprensa e edição de textos.