Senado estuda projeto para abolir feriados prolongados

Por: Elissandro Sutil

18/04/2017 - 11:04 - Atualizada em: 18/04/2017 - 11:43

Enquanto você tá aí, cantarolando pelos cantos por causa da feliz coincidência de ter feriados em duas sextas-feiras seguidas (uhuuul!), o Senado Federal estuda uma proposta que pode transformar seus dias de folga.

O Projeto de Lei 389/2016 quer antecipar todos os feriados que caem entre terça e sexta para a segunda-feira. Não é coincidência, é claro, que isso impossibilita as emendas dos feriados que caem às terças e quintas. Mas isso não é novidade no mundo, muita gente que mora fora conta que alguns países adotam essa prática, como é o caso da Áustria e a Irlanda (temos amiguinhos morando lá 🙂 ).

Segundo o próprio projeto de lei, “é quase uma tradição de nosso povo estender esses feriados, o que acaba por comprometer o trabalho nos dias úteis que se lhes seguem”. Os feriados prolongados seriam abolidos em nome da economia e da educação, para aumentar o número de dias úteis para o comércio e para a indústria e também o número de dias letivos. Imagine só a alegria dos estudantes (ou não).

Mas pra quem gosta de fazer aquelas viagens curtas até que não é um mau negócio, porque a ideia da segunda-feira é grudar todos os feriados nos fins de semana, sem estragar com os planos de ninguém. E os desanimadores feriados de quarta-feira deixariam de existir.

Alguns festejos nacionais ficam de fora da proposta. Por motivos óbvios, claro, afinal não faz sentido comemorar a Sexta-feira Santa na segunda. Isso também vale para o dia 7 de setembro, 12 de outubro, Ano Novo, Natal, Corpus Christi… E para a alegria geral da nação, o Carnaval também fica como está.

A lei segue em análise do Congresso. Deve ser votada nesta terça-feira (18) pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte, segundo a Agência Senado. Se a proposta for aprovada, fica a critério dos municípios e estados decidir se querem seguir a regra para as comemorações locais.

Uma coisa, porém, é certa: os feriados que caem no fim de semana – que não são afetados pela lei – vão continuar a ser os mais detestados.

Com informações: Superinteressante