Um registro de um peixe-lua foi documentado na costa de Araranguá, no Litoral Sul de Santa Catarina. Jules Soto, curador do Museu Oceanográfico da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), explicou que embora a espécie não seja comum de se avistar próximo à costa, ela é frequentemente encontrada na região.
O avistamento foi feito por João Paulo Piazza, residente local, enquanto explorava o mar em uma moto aquática na manhã de segunda-feira (10). Ele descreveu o momento como emocionante, já que nunca tinha visto um peixe-lua pessoalmente antes, apenas em programas de televisão.
O peixe-lua, cientificamente conhecido como Mola mola, é reconhecido por sua aparência peculiar e hábito de tomar sol na superfície da água. Segundo Soto, o exemplar avistado em Araranguá provavelmente era juvenil, com um tamanho estimado de cerca de 200 quilos, muito menor do que o tamanho máximo que a espécie pode atingir, que pode chegar a 2,3 toneladas.
Além de sua aparência, o peixe-lua é notável por sua capacidade de crescer significativamente ao longo da vida, partindo de menos de 1 grama ao nascimento até atingir dimensões impressionantes. Ele também é conhecido por sua taxa de reprodução, podendo produzir mais de 300 milhões de ovos em um único ciclo reprodutivo.
Embora seja dócil e geralmente inofensivo, Soto alerta para não colocar os dedos na boca do peixe-lua, devido à sua estrutura dentária robusta. Ele enfatiza que o peixe-lua é um nadador desajeitado, frequentemente à mercê das correntes marítimas devido à sua incapacidade de nadar rapidamente contra elas.