Produção catarinense do musical Chicago volta aos palcos em 2 de julho na Capital

Fotos: Italo Coelho Zaccarom

Por: OCP News Florianópolis

27/06/2022 - 15:06 - Atualizada em: 27/06/2022 - 16:04

O musical Chicago, originalmente criado há 25 anos nos Estados Unidos, ganha uma nova produção independente, do MovinCena, a produtora do Espaço Movidança, de Florianópolis, e vai levar o público a ambientes que misturam o encanto artístico às reflexões sociais. Mais de 30 artistas estão envolvidos na montagem dirigida por Ana Garvik, que vai estrear dia 2 de julho (sábado). O espetáculo contará com duas sessões, 17h e 20h30, no Teatro Pedro Ivo Campos, em Florianópolis.

“Foram quatro meses de ensaios ininterruptos, com um grande elenco. Como o espetáculo é uma reapresentação de 2021, foquei em aperfeiçoar cenas e coreografias, incluir novos trechos e mergulhar com minuciosidade nas características e personalidade de cada personagem”, diz Ana Garvik.

“Não há dúvidas que Chicago é um espetáculo que, apesar da história se passar nos anos 20, tem muito em comum com nossa realidade atual. Crime, corrupção, muita lábia, sensualidade e por aí vai. Nosso elenco? Está de tirar o fôlego. É um musical leve e divertido, que promete tirar muitas risadas da nossa plateia. Será um crime não assistir”, brinca a diretora.

Chicago é hoje um dos mais famosos musicais da história do gênero, devido à sua excelência técnica e dramatúrgica. A proposta é única e original em dança, coreografia, atuação, musicalidade e continua se atualizando e dialogando com as questões éticas e estéticas do nosso tempo, o que o torna uma obra tão atemporal.

“A montagem tem como base o musical da Broadway, mas com algumas inserções de conceitos, ideias e princípios estéticos dos filmes. De modo geral, pensamos em explorar mais o excelente corpo de baile que compõe o projeto e caprichar bastante nas cenas de dança”, observa o responsável pela direção cênica, Leonardo Cesar. A equipe conta ainda com coreografia de Anderson Anversi e direção de voz de Gianna Souza.

“Ao deslocar o musical, originalmente americano, para os corpos e vivências de pessoas brasileiras, criamos outras camadas de subjetividade e expressividade e, mesmo que ‘abrasileirar’ o musical não tenha sido um de nossos objetivos, existem desdobramentos que surgem e só poderiam existir com esse nosso ‘tempero brasileiro’”, destaca Leonardo.

Fotos: Italo Coelho Zaccarom

Chicago apresenta em sua dramaturgia uma sátira à justiça, à moral e à ética. Traz à tona relações de poder e de interesses entre as personagens e as instituições. Assim, desnuda as estruturas de corrupção sustentadas pelo estrelismo e egocentrismo de Chicago dos anos 20, que pouco se distanciam dos tempos atuais. Faz isso sob um pano de fundo burlesco, sensual e sensacionalista, transitando entre a prisão e os shows noturnos de cabaret.

“Trata-se de um musical que economiza bastante na sua encenação. As montagens, ao redor do mundo, sempre se mostram relativamente simples, nesse aspecto. O objetivo é dar destaque às movimentações dos bailarinos, atuações dos atores e atrizes presentes no palco e ao rebuscado e minimalista jazz ‘fosse’, estilo de dança utilizado nas coreografias”, fala Leonardo.

O trabalho acompanha a trajetória de mulheres que cometeram crimes contra seus amantes. Coloca em cena o clima das casas noturnas e da noite nos Estados Unidos dos anos 20 e se desenvolve trazendo à tona a corrupção e a espetacularização do crime. Dessa forma, cria-se uma realidade sensacionalista, onde se salva do julgamento quem consegue o melhor lugar sob o holofote e às graças do público em geral.

Fotos: Italo Coelho Zaccarom

O espetáculo é direcionado para o público adulto e oferece arcos narrativos complexos e bem estruturados. São histórias de tirar o fôlego, coreografias marcantes e sinuosas e atuações memoráveis.

Elenco: Amanda Gonzaga e Alicia Prudencio, como Velma Kelly; Ana Priscila Garvik, como Roxie Hart; Diego Pereira, como Billy Flynn; Willian Farias, como Amos Hart; Mércia Maruk, como Mamma Morton; Gianna Souza, como Marry Sunshine.

As cinco prisioneiras: Bruna Nogueira, como “Pop”; Andrea Baptista e Laysa Santos, como “Seis”; Alicia Prudencio, como “Sqwish”; Marcela Ambrosio, como “Ah Ah”; Ana Cruz, como “Lipschitz”.

O corpo de baile: Anderson Anversi, Leonardo Cesar, Felipe Porto, Pedro Almeida, Will Vezzaro, Jonas Goulo, Daniela Bristot, Alicia Prudencio, Andrea Baptista, Ana Cruz, Bruna Nogueira, Laysa Santos, Marcela Ambrosio.

Os ingressos podem ser adquiridos pelo WhatsApp (48) 99667-6246, pelo site movidanca.com.br/chicago OU https://floripaticket.com.br/evento/chicago-o-musical/