Uma legião de adolescentes dos anos 90 passou horas do seu tempo livre ouvindo o álbum “Nevermind”, do Nirvana. Uma geração inteira foi marcada não apenas pelas músicas icônicas, mas também por conter em sua capa a imagem de um bebê nadando nu debaixo da água em direção a uma nota de dólar americano.
Mas, além do sucesso, que perdura até hoje, o álbum continua gerando polêmica justamente por conta da imagem que ilustra a capa de um dos discos mais vendidos de todos os tempos.
O “Bebê do Nirvana” moveu um processo em agosto do ano passado, em que acusava a banda de exploração sexual. Segundo Spencer Elden, na época com 30 anos, a capa representava uma imagem de abuso sexual infantil e alegou ter sofrido “danos vitalícios”. Além disso, os advogados de Spencer dizem que independente de há quanto tempo a imagem foi criada, a criança exposta pode carregar traumas durante toda a vida.
Elden pediu pelo menos $ 150 mil dólares (cerca de R$ 850 mil reais) em danos de cada um dos vários réus, incluindo o Universal Music Group, o baterista do Nirvana e hoje vocalista do Foo Fighters Dave Grohl, o baixista do Nirvana Krist Novoselic e Courtney Love, a viúva do vocalista principal do Nirvana Kurt Cobain que morreu em 1994.
Entretanto, os advogados da banda contrapõem argumentando que Spencer lucra há três décadas com sua fama de “Nirvana Baby”, visto que até recriou a fotografia em seu aniversário de 15 e 20 anos, inclusive tatuou “Nevermind” em seu peito.
O juiz Fernando Olguin, da Califórnia, rejeitou o processo após Spencer perder o prazo para responder à banda, que entrou com pedido para encerrar o caso. Porém, os advogados têm até o dia 13 de janeiro para entrar com nova reclamação com mudanças.
“Nevermind”, de 1991, é um dos álbuns mais vendidos de todos os tempos, com mais de 30 milhões de vendas.
*Com informações da CNN Brasil.
