A felicidade tem céu azul e é florida… É assim que muitos descrevem a primavera, que começou oficialmente nesta segunda-feira (22) no hemisfério sul. O marco da estação é o equinócio de primavera, fenômeno astronômico em que o dia e a noite têm praticamente a mesma duração, resultado da posição do Sol em relação à Terra.
A partir de agora, os dias passam a ser mais longos que as noites até o solstício de verão, em dezembro. Já no hemisfério norte, o efeito é inverso: inicia-se o outono, e as noites passam a predominar.
O termo equinócio vem do latim aequinoctium, união de equus (igual) e nox (noite), significando “noites iguais”. É um instante raro de equilíbrio, que se repete apenas duas vezes ao ano — no início da primavera e do outono.
Esse equilíbrio, no entanto, logo dá lugar à transição. No sul, flores desabrocham, os dias se iluminam e a temperatura sobe gradualmente. No norte, as folhas caem e os dias começam a se encurtar.
“O equinócio é um divisor de águas. Ele mostra como o movimento da Terra em torno do Sol dita o ritmo das nossas vidas”, explica o meteorologista Fábio Luengo, da Climatempo.

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E aí, por que isso acontece?
A explicação está na inclinação da Terra em relação ao Sol. O planeta não orbita em posição reta: seu eixo está inclinado em 23,5º em relação ao plano de órbita. Essa inclinação faz com que a quantidade de luz recebida em cada hemisfério varie ao longo do ano, originando as estações.
Segundo especialistas, é justamente essa inclinação que garante os momentos de equilíbrio, os equinócios, em que a distribuição de luz solar fica praticamente igual no planeta inteiro.