Premiação marca encerramento do 1º Festival de Cinema de Jaraguá do Sul

Comissão organizadora comemorou o sucesso da primeira edição do Festival | Foto: Produção Ninfabebê/Divulgação

Por: Claudio Costa

20/05/2018 - 16:05 - Atualizada em: 21/05/2018 - 13:39

Depois de uma semana de mostras e oficinas, a primeira edição do Festival de Cinema de Jaraguá do Sul chegou ao fim na noite deste sábado (19), na Scar.

Ao todo, 200 trabalhos de diversas partes do país, da América Latina e da Europa foram cadastrados, 86 deles foram selecionados e participaram das apresentações ao público e também da premiação realizada no evento que marcou o fim do festival.

Sete produções locais foram apresentadas ao público e mostraram que a cidade pode virar um polo audiovisual.

Integrante da comissão organizadora do evento, escritor e consultor da Rede OCP, Nelson Luiz Pereira, fez um balanço positivo do festival.

Nelson conta que foi um trabalho intenso e tem certeza que Jaraguá do Sul abraçou a causa. Ele afirma que houve um bom feedback do público e dos produtores.

“Estamos muito felizes com o resultado. Nós vamos para a segunda edição com todo o gás. Estamos muito motivados para iniciar o planejamento do próximo festival. Afinal, a primeira edição já nos diz que queremos a segunda”, comemora.

Uma das presenças celebradas da noite foi do cineasta Thiago Moraes. Vindo diretamente de Manaus, no Amazonas, ele apresentou o seu curta, intitulado “A Estranha Velha que Esforçava Cachorros”.

O curta é um trabalho de conclusão de curso de produção audiovisual da Universidade do Estado do Amazonas.

“O filme é inspirado em um conto do escritor amazonense Carlos Gomes. Uma principal pede esmola para São Sebastião. Há um personagem que fica atordoado por ela pedir esmola para um santo que está ferido por flechas. Ele fica nessa história de pensar que o santo vai morrer de hemorragia e ela só querer saber de pedir esmola”, conta.

O jovem cineasta Bruno Rengel, de apenas 17 anos, foi contemplado com uma menção honrosa. Sem palavras para descrever a emoção de ser premiado, Rengel conta que “Hoje” foi a sua primeira produção.

O curta metragem fala sobre ser jovem e a ideia de fazer tudo no agora sem se preocupar com o futuro.

 “Os personagens têm a minha idade e o roteiro é inspirado no meu círculo de amigos. É uma história que traz bastante a ideia de juventude”, descreve, ao revelar que a história tem conotações autobiográficas.

Bruno Rengel recebeu prêmio de menção honrosa em seu primeiro curta | Foto: Produção Ninfabebê/Divulgação

Confira as produções premiadas no festival: 

Homenagem

Gilmar Moretti, cineasta e documentarista de Jaraguá do Sul. Homenageado pelo conjunto da sua obra na cidade, região e estado de SC.

Menção Honrosa – Curta Experimental

Hoje, de Bruno Rengel – Jaraguá do Sul – SC – 2017 –  Produtora: Rengel Pictures – Com: Bruno Rengel, Eda Cesar, Maria Vieira de Freitas – Drama/experimental

Natan e sua namorada, Anna, estão discutindo seu relacionamento. Ele se encontra com sua prima, que está passando pelo mesmo problema, e os dois decidem sair para aproveitar o dia. A noite, Ana liga para ele.

Pontos da sexualidade feminina, de Andressa Vieira – Jaraguá do Sul – SC – 2017 – Produtora: Independente – Animação /experimental / instrucional

É uma animação instrutiva, produzida em stop motion com bordados, e transmite esclarecimentos sobre a vida sexual da mulher, principalmente o desejo e o prazer, pois são temas ainda encarados como tabus na sociedade.

De boca em boca, de Wagner Abreu – Porto Alegre – RS – 2016 – Produtora: W.A. – Documentário/experimental

Um documentário realizado nas bocas de fumo de Porto Alegre, foi abordado manifestações em uma comunidade sem voz. O filme foi retratado por imagens de vídeo de meninos com alto poder de fogo, dinheiro e drogas.

Melhor Montagem Curta-metragem

Close, de Rosane Gurgel – Fortaleza – CE – 2016 – Produtora: Comunik Filmes – Documentário/LGBT

Jéssica, Suyanne, Bruna e Nathália estão detidas na Unidade Prisional, em Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza. Um espaço, várias histórias, a mesma esperança compartilhada por todas: resistir e lutar pelo fim do preconceito.

Melhor Trilha Curta-metragem

Próxima, de Luiza Campos – São Paulo – SP – 2017 – Produtora: Vetor Filmes – Com: Amanda Delbone e Nina Medeiros –  Comédia/infantil

Aos doze anos, Carol percebe que o mundo ao seu redor está muito parecido: suas tias e primas, as amigas da escola, as mulheres nas lojas, as cantoras da internet, todas estão com o cabelo liso. Menos ela.

Melhor Direção Arte Curta-mertagem

Em algum lugar, amanhã, de André Siqueira – Curitiba – PR – 2017 – Produtora: Trunkshot – Com: Guenia Lemos , Daniel Siwek, entre outros – Drama

O filme retrata a relação de pessoas que mal se conhecem, mas que, inexplicavelmente, se sentem subitamente atraídos um pelo outro. E sobre as escolhas que fazemos e como elas podem influenciar nossa vida para sempre.

Melhor Direção Fotografia Curta-metragem

Para salvar Beth, de Theodoro Cochrane e Alan Medina –  Santos – SP – 2016 – Produtora: Theodoro Cochrane, Cine & Video, Cinecolor, Teleimage, Dcine – Com: Emerson Rossini, Clarissa Kiste, Maria Gabriela,e Antonio Fagundes, entre outros. – Ficção/drama

Um homem vê sua vida ser modificada ao ser contratado para levar uma cachorrinha a sessões de  tratamento em uma clínica veterinária. Essa nova relação interfere em seu próprio casamento e na maneira de ver o mundo.

Melhor Roteiro Curta-metragem

Filhos da lua na terra do sol, de Danielle Bertolini – Cuiabá – MT – 2015 – Produtora: Lamiré Cinema e Video – Documentário

Filhos da Lua na Terra do Sol trata de forma poética a relação entre pessoas albinas e o sol de Cuiabá, considerada uma das cidades mais quentes do Brasil.

Melhor Atriz Curta-metragem

Gilda Nomacce – Ou isso ou aquilo, de Hadija Chalupe  e Raquel Stern – Rio – RJ – 2016 – Produtora: Caraduá – Com: Gilda Nomacce, Otto Jr, entre outros. – Ficção/Comédia

Nilzete, uma simples dona de casa, torna-se prefeita após o prefeito morrer ao comer uma coxinha de galinha.

Melhor Ator Curta-metragem

Eucir de Souza / Guilherme Rodio – Sal, de Diego Freitas – São Paulo – SP – 2016 – Produtora: Parakino Filmes – Com: Eucir de Souza e Guilherme Rodio – Suspense/drama

Um técnico de informática solitário encontra um homem intrigante em um site, onde as pessoas compartilham uma fantasia estranha. Um encontro é marcado, e a noite poderá culminar em uma experiência irreversível para ambos.

Melhor Direção Curta-metragem

Luiza Campos – Próxima, de Luiza Campos – São Paulo – SP – 2017 – Produtora: Vetor Filmes –  Com: Amanda Delbone, e Nina Medeiros, entre outros. – Comédia/infantil

Aos doze anos, Carol percebe que o mundo ao seu redor está muito parecido: suas tias e primas, as amigas da escola, as mulheres nas lojas, as cantoras da internet, todas estão com o cabelo liso. Menos ela.

Melhor Curta Experimental

Ándale, de  Petter Baiestorf – Palmitos – SC -2017 – Produtora: Canibal Filmes – Com: Elio Copini – Experimental / drama/cotidiano

É sobre o mundo de hoje, sobre a necessidade de uma revolução das massas contra os exploradores, para que o sistema financeiro possa ser repensado. E, também, sobre a repressão policial contra aqueles que lutam por seus direitos.”

Melhor Animação

Solito, de Eduardo Reis – Porto Alegre – RS – 2017 – Produtora: Submerso Filmes – Animação – Drama/fantasia

Um morador de rua caminha pela cidade com sua única companhia, a Solidão, um monstro fantasmagórico que o segue por todo o lugar.

Melhor Curta-metragem

Ao final da conversa, eles se despedem com um abraço, de Renan Brandão. Produtora: Baraúna – Com: Mariana Vianna e Ravel Andrade, entre outros. Rio – RJ – 2017 – Drama

Ao mesmo tempo que Elisa se despede de Heliomar, encontra o jovem Michel.

Melhor Meia-metragem

Rainha, de Sabrina Fidalgo – Rio – RJ – 2017 – Produtora: Fidalgo Produções – Com: Ana Flavia Cavalcanti, Marilia Coelho, entre outros – Drama Rita finalmente realiza o sonho de se tornar a rainha da bateira da escola de samba de sua comunidade, todavia ela terá que lutar contra forças obscuras, internas e externas.

Melhor Longa-metragem

Ninfabebê, de Aldo Pedrosa – Uberaba MG – 2016 – Produtora:  Artebarata Produções – Com: Dandara Adrien, Giovanna Almeida, Rita Monteiro, Rafael Ferreira, entre outros. – Drama/suspense

Duas adolescentes passam um final de semana sozinhas em casa. Utilizando um aplicativo de celular que mescla imagens ao vivo com a interação com outros apps, registram seus momentos íntimos e isso se torna fatal para elas.