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“Paz digital”: jaraguaense vai ficar 100 dias sem se conectar às redes sociais

Foi buscando paz digital que ele lançou esse desafio e promete ficar longe das redes. | Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Elissandro Sutil

25/10/2018 - 09:10 - Atualizada em: 25/10/2018 - 10:31

Facebook, Instagram, Linkedin, Twitter, WhatsApp… e não são só essas! Existe uma infinidade de redes sociais usadas no mundo todo. E é através delas que milhares e milhares de pessoas se conectam todos os dias, com os mais variados objetivos. Mas você consegue se lembrar de quando o mundo ainda não conhecia essas redes?

Muita gente acha que, apesar de facilitar o dia a dia, ultimamente a internet tem se tornado um lugar cheio de ódio, onde ninguém mais pode se expressar sem ser atacado. E esse “efeito digital” tem cansado os usuários.

É o caso do jaraguaense Paulo Cezar de Moura Saban, de 47 anos, que pensando em tudo isso lançou um desafio pessoal: ficar cem dias longe das redes sociais. A partir desta quinta-feira (25), ele viverá apenas com a comunicação “um a um”, por telefone, e-mail e mensagens simples em aplicativos como WhatsApp.

“As redes sociais possibilitam que as pessoas exponham suas opiniões e suas intimidades de forma ilimitada. Essa superexposição, às vezes, transforma essas redes em anti-sociais. Imagina um lugar onde todos podem falar e mostrar tudo, chega um momento em que você deseja uma espécie de silêncio, de paz digital”, explica.

E foi justamente em busca dessa paz que ele se propôs a este desafio, considerando, também, o momento político que o Brasil vive.

Por ser professor universitário, confessa que não conseguirá largar o WhatsApp por completo, porque precisa dar atenção aos alunos, mas garante que será só por mensagem, nada de grupos. “Haverá uma adaptação de ambas as partes e espero que me compreendam”, diz.

O professor vai manter apenas comunicação simples por telefone, mensagem ou e e-mail. | Foto Eduardo Montecino/OCP News

A escolha pelos cem dias se deu para que ele tivesse um tempo considerável de experiência, garantindo um resultado mais conclusivo e desafiador. Mas ele também deixou a “veia publicitária” falar mais alto, e combinou o número 100 com a frase “sem redes sociais”.

Paulo ainda não faz ideia dos efeitos dessa “invisibilidade social temporária”, como ele mesmo chamou.

“Acho que vai ser estranho, diferente. O objetivo é justamente saber o que se ganha e o que se perde com essa decisão”, comenta.

Um tempo para si

Durante esses cem dias, Paulo espera utilizar melhor o seu tempo para si próprio, na vida real, esquecendo um pouco da “vida digital”.

Ele traçou planos simples, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida, como ler mais, ver séries, escrever roteiros, praticar exercícios físicos e dedicar um tempinho maior para a família e amigos.

Com o tempo livre longe das redes, Paulo quer se dedicar a outras atividades. | Foto Eduardo Montecino/OCP News

“As redes sociais deixaram de ser agradáveis. Sem contar a necessidade das pessoas de exporem sua intimidade em excesso, indo da futilidade à pseudo-felicidade”, acrescenta.

Natural de Curitiba, Paulo adotou Jaraguá do Sul como seu lar há 38 anos e acredita que, com a experiência, conseguirá influenciar pessoas daqui e do seu círculo de contato a adotarem a ideia e fazer um “detox” ou “tirar umas férias” daquilo que esteja incomodando.

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Elissandro Sutil

Jornalista e redator no OCP