Oxigênio misterioso: um enigma das profundezas do oceano pacífico

Foto: National Oceanography Centre/Trustees of the Natural History Museum/NERC SMARTEX project

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

24/07/2024 - 14:07 - Atualizada em: 24/07/2024 - 14:31

Um fenômeno intrigante foi observado pela primeira vez em 2013 a bordo de um navio no remoto Oceano Pacífico, deixando o cientista oceânico Andrew Sweetman tão perplexo que ele inicialmente suspeitou de falhas em seu equipamento de monitoramento. Os sensores indicavam que oxigênio estava sendo gerado a 4 mil metros de profundidade, onde a luz solar não alcança. Este fenômeno surpreendente repetiu-se em três expedições subsequentes à Zona Clarion-Clipperton.

“Eu basicamente disse aos meus alunos para colocarem os sensores de volta na caixa. Vamos enviá-los de volta ao fabricante e testá-los porque eles estão nos fornecendo apenas dados sem sentido”, compartilhou Sweetman, professor da Associação Escocesa de Ciências Marinhas e líder do grupo de ecologia e biogeoquímica do fundo do mar da instituição. “E todas as vezes o fabricante respondia: ‘Eles estão funcionando. Estão calibrados.'”

Tradicionalmente, organismos fotossintéticos como plantas, plâncton e algas usam a luz solar para produzir oxigênio, que então se difunde para as profundezas do oceano. No entanto, estudos anteriores do mar profundo indicaram que o oxigênio nessas profundidades é apenas consumido, não produzido, pelos seres vivos lá, explicou Sweetman.

Agora, a pesquisa da equipe está desafiando essa longa suposição ao descobrir oxigênio sendo gerado sem a intervenção da fotossíntese.

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).