A sociedade contemporânea, cada vez mais moldada pela tecnologia, inovação e rapidez na troca de informações, traz consigo uma nova face da exclusão social. Os “novos excluídos” não são apenas os economicamente desfavorecidos, mas aqueles que, por diversos fatores, não conseguem acompanhar o ritmo da transformação digital e cultural.
Entre eles estão os tecnófobos e analfabetos digitais, que enfrentam barreiras na inserção em um mercado de trabalho que exige habilidades tecnológicas mínimas. Nesse grupo, incluem-se também idosos que não foram preparados para lidar com o ambiente digital e populações que vivem em áreas sem acesso à internet de qualidade.
Além disso, destaca-se o fenômeno da exclusão emocional e social. Em um mundo hiperconectado, paradoxalmente, muitos experimentam isolamento social, especialmente aqueles que não se adequam às dinâmicas das redes sociais ou enfrentam problemas de saúde mental agravados pela exposição contínua à vida online.
Outro grupo em ascensão são os trabalhadores de funções ameaçadas pela automação. Profissionais de baixa qualificação, cujas tarefas estão sendo substituídas por máquinas ou algoritmos, enfrentam desafios para se reposicionar no mercado.
Por fim, os excluídos ambientais também emergem como uma realidade. A crise climática desloca populações vulneráveis, privando-as de terras, recursos e oportunidades, enquanto o resto da sociedade se adapta às mudanças com tecnologias verdes inacessíveis para muitos.
Para combater essa nova exclusão, é essencial investir em políticas públicas inclusivas, na democratização da tecnologia e em redes de apoio que permitam a adaptação de todos ao futuro. A inclusão deve ser prioridade em todas as dimensões.