Obra do artista plástico Tirelli é higienizada para voltar a ser exposta em Florianópolis

Foto Carolina Rios / Assessoria de Comunicação FCC

Por: Ewaldo Willerding Neto

08/12/2020 - 09:12 - Atualizada em: 08/12/2020 - 16:00

Uma equipe técnica da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), especializada em conservação e restauração, está realizando a última etapa de higienização da tapeçaria criada pelo artista Almir Tirelli e doada à instituição após acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

As peças foram criadas pelo artista maranhense para o antigo saguão do Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, e voltaram ao Estado após serem salvaguardadas pela Infraero em Curitiba (PR), durante o processo de mudança do terminal para novo endereço.

De volta a Santa Catarina sob guarda da FCC desde outubro deste ano, as peças passaram por um processo de fumigação com produtos especiais. Agora, os técnicos entram na fase de higienização mecânica por aspersão. Depois, a tapeçaria estará pronta para ser exposta ao público, em data e locais ainda sem definição. Três painéis compõem a obra que tem um total de 36 metros quadrados.

A obra e o autor

A tapeçaria foi criada exclusivamente para recepcionar os viajantes que chegavam ao aeroporto da cidade, inaugurado em 1976. As peças apresentam elementos do cotidiano ilhéu, com referências ao saber fazer, à arquitetura e às celebrações relacionadas à cultura florianopolitana, como a Ponte Hercílio Luz, o Palácio Cruz e Sousa, a Festa do Divino, o artesanato focado na renda de bilro, casarios luso-brasileiros, folclore, a Lagoa da Conceição, a pesca da tainha, entre outros, dispersos nas mais diversas cores presentes na obra.

O artista Almir Tirelli é natural do Maranhão. Artesão autodidata, veio para Santa Catarina no fim dos anos de 1960, estabelecendo-se inicialmente em Palhoça e, pouco depois, na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, onde viveu até meados dos anos 1990. Artista multifacetado, além de tapeceiro, é pintor, desenhista, escultor e ator de cinema. Participou de exposições e seus trabalhos viajaram mundo afora, mas nunca escondeu de ninguém sua relação de amor com a Ilha de Santa Catarina e o estado que o acolheu para viver. Em 1993, foi reconhecido com o Título de Cidadão Catarinense na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC), pela Lei nº 9095, de 20 de maio.

 

 

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