O “milagrinho” no crucifixo da Matriz São Sebastião em Jaraguá do Sul

Por: OCP News Jaraguá do Sul

25/01/2017 - 15:01

Essa é uma história que já estou há um bom tempo pra compartilhar com vocês e só agora pintou tempo… Não fui o único a perceber o detalhe, claro, mas como isso ainda não caiu na mídia, tá valendo contar. 🙂

Já viu que tem um crucifixo na frente da Matriz São Sebastião? Pra quem não faz ideia do que tô falando, olha a foto:

crucifixo

Nele constam inscritas as palavras “Cristo”, “caminho”, “verdade” e “vida”. Ele é de madeira, e tá lá há um tempão com sua mensagem, marcando presença junto a um dos velários da igreja.

Sou desses que caminham e ficam olhando pra tudo que tem de diferente na paisagem, então teve o dia que cheguei mais perto e reparei no detalhe… Fiquei cabreiro, e deu até um arrepio com a possibilidade da poesia.

“Cara, aquilo ali é um broto?”

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“Cara, não é que tem um broto no crucifixo?

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“Cara, e não é que esse broto fica bem na palavra VIDA?

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“PARA PARA PARA TUDO… Olha que milagrinho lindo, rapaz!” Na madeira morta, a vida na vida. 😀

Fato lindo, convenhamos, pedi então pra jornalista Isabel Debatin fazer um artigo a respeito, segue o resultado:

Ao longo das últimas semanas a equipe do Por Acaso reparou em um fato que consideramos inusitado e de tamanha beleza que decidimos relatar para nossos leitores.

Conversamos então com o pároco Pe. Diomar Romaniv sobre o que ele teria a dizer sobre o fato, o qual afirmou “Muitas pessoas já me questionaram sobre a situação, mas independentemente do que ocorra ali, acredito que seja algo de normal que acontece na natureza. E de forma alguma mistificamos o fato.”

Mas para a jaraguaense e aposentada, Bernadete de Souza Cunha, o fato é mesmo inusitado e merece o destaque. Ela afirma que “Este é um local onde as pessoas enaltecem sua fé, quem sabe tudo isso tem a ver com essa beleza que a natureza pode nos proporcionar”.

Já o engenheiro agrônomo da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama), César Humberto Rocha, explica que fatos como esse são comuns na natureza, e acontece devido a dispersão da semente que ocorre através das aves e do vento. “A semente foi parar ali de alguma forma, onde encontrou umidade e matéria orgânica suficiente para germinar, essa é a possibilidade mais provável nesse caso,” afirma Rocha.

Coincidência ou não, fica o registro de uma história um tanto quanto poética. 


Artigo: Ricardo Daniel Treis, com colaboração de Isabel Debatin.
Fotos: Ricardo Daniel Treis.