
E depois disso?
O que muitos têm se perguntado é sobre o afastamento da presidente Dilma. Ela pode, sim, pode ser afastada temporariamente da presidência já no início de maio.
Se o impeachment for aprovado no Senado, Dilma é afastada imediatamente do cargo por até 180 dias, enquanto ocorrem as investigações.

Durante este período, a presidência do Brasil pode ser assumida interinamente pelo vice Michel Temer.
Depois disso o pedido vai novamente à votação no plenário, onde desta vez dois terços dos senadores (54 de 81) teriam de se posicionar a favor para que o impeachment seja definitivamente aprovado.
Dependendo do resultado, podemos ter dois cenários:
1 - Dilma é absolvida e reassume a presidência imediatamente; Michel Temer volta a ser vice-presidente.
2 - Dilma é condenada e proibida de exercer qualquer função pública por oito anos; Michel Temer assume a presidência até o fim do mandato original de Dilma (foi o que aconteceu com Itamar Franco por causa do impeachment de Collor em 1992. Itamar era vice do presidente impedido).

Se Temer também for afastado durante a primeira metade do mandato (no caso até o fim de 2016), serão convocadas novas eleições. Se ele for afastado apenas a partir de 2017, as eleições serão indiretas (quando a população não possui direito ao voto; os representantes são escolhidos em um colégio eleitoral, constituído por uma assembléia fechada, veja mais no site do TSE).
De qualquer forma, o próximo na linha de sucessão de Temer enquanto as novas eleições estiverem em processo, é o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Se Cunha também sair, seja por renúncia ou afastamento por impeachment, quem assume é o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).