Nesta semana, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais, Antra, publicou um estudo revelando que no ano passado foram registrados 179 assassinatos de travestis ou transexuais no Brasil. Este número significa que a cada 48 horas uma pessoa trans é morta no Brasil, sendo que 94% dos casos acontecem com pessoas do gênero feminino.
Denominado Mapa dos Assassinatos de Travestis e Transexuais no Brasil em 2017, o documento destaca que o número de assassinatos em 2017 é o maior registrado nos últimos 10 anos. Apenas entre 2016 e 2017 houve um aumento de 15% de casos notificados.
Em Santa Catarina, cinco pessoas trans foram assassinadas em 2017. O número mantém a média registrada em 2016. A Bahia é o estado com mais mortes de travestis e transexuais, com 17 assassinatos, seguido de São Paulo e Ceará, com 16. Acre, Amapá, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima foram os estados que registraram apenas uma morte.
Vale lembrar que estes números tendem a ser ainda maiores já que muitos dos crimes motivados por transfobia não são registrados.
Fonte: Correio do Estado