Um conjunto de processos contra o autor Neil Gaiman (Coraline, Sandman, Belas Maldições e Deuses Americanos, entre outras obras) foi aberto por Scarlett Pavlovich, que trabalhou como babá na casa dele – ela o acusa de estupro e tráfico de pessoas, segundo informações da AP publicadas na manhã desta terça-feira (4).
Scarlett abriu processos nos estados de Wisconsin, Massachusetts e Nova York também contra Amanda Palmer, ex-mulher do escritor. Ela alega que Palmer sabia do histórico de Gailman quando a contratou.
Pavlovich afirma que foi estuprada repetidas vezes, com práticas de sadomasoquismo que envolviam estrangulamento e golpes com cinto. Ele nega as acusações e afirma que o relacionamento foi consensual e mútuo.
As informações são do jornal o Globo.
O caso de Scarlett Pavlovich apareceu pela primeira vez no podcast da Tortoise Media no ano passado e foi detalhado numa matéria da New York Magazine neste ano.
A épca do caso, Pavlovich estava sem teto. Ela afirma que o casal se aproveitou de sua vulnerabilidade. “Gaiman praticou muitos atos sexuais não consensuais com Scarlett”, afirma o processo obtido pela Variety. “Esses atos foram abusivos e humilhantes. Scarlett os suportou porque, caso contrário, perderia seu emprego, moradia e o apoio prometido para sua futura carreira.”
O processo também acusa o escritor de cultivar uma imagem pró-feminismo, que teria sido utilizada para facilitar o abuso. Ela afirma ainda que passou a ter pensamentos suicidas e precisou ser hospitalizada num hospital psiquiátrico. Outras sete mulheres acusam o autor na matéria publicada na New York Magazine, com relatos similares.
Segundo Gaiman, os relatos divulgados pela imprensa combinam “descrições de coisas que aconteceram ao lado de coisas que definitivamente não aconteceram”. “Estou longe de ser uma pessoa perfeita, mas nunca me envolvi em atividade sexual não consensual com ninguém. Nunca. Algumas das histórias horríveis que estão sendo contadas simplesmente nunca aconteceram, enquanto outras foram tão distorcidas do que realmente aconteceu que não têm nenhuma relação com a realidade”, diz o texto. “Estou preparado para assumir a responsabilidade por qualquer erro que tenha cometido. Não estou disposto a virar as costas para a verdade, e não posso aceitar ser descrito como alguém que eu não sou, e não posso, nem vou, admitir ter feito coisas que eu não fiz.”