Com todo mundo enfurnado dentro de casa por conta da quarentena do Coronavírus, a demanda por atividades no isolamento cresce – e com o dólar nas alturas, os jogos eletrônicos se tornam cada vez mais caros.
Mas existe alternativa para jogar sem gastar – e não falo da pirataria: embora o termo “Free 2 Play” tenha adquirido uma reputação ruim por conta de jogos medíocres, monetização obsessiva, “jogos grátis pero-no-mucho” e paywalls abundantes, de uns anos para cá surgiram boas opções que realmente são de graça – e cuja monetização espera que os jogadores curtam o jogo, ao invés de impô-la como requisito para avançar.
Títulos mais conhecidos como o gigante dos Battle Royales Fortnite e o Moba League of Legends demonstraram bem como “jogo grátis” não precisa significar “aspirador de dinheiro disfarçado” – e para quem busca jogos novos, temos cincoindicações de jogos Free 2 Play que servem como bons substitutos (e em alguns casos, como opções superiores) a jogos pagos de sucesso.
Se você gosta de Overwatch, tente Paladins
Paladins: outro jogo com um carismático elenco de heróis e vilões… trocando tiros a toa. Foto: Divulgação
Embora esteja um tanto em queda ante ao sucesso dos “Battle Royales” e uma carência de grandes atualizações nos últimos meses, é inegável que o “Hero Based Shooter” da Blizzard deu nova vida aos jogos de tiro baseados em times, levando o jogo centrado em classes de Team Fortress a um novo patamar com seu carismático e diversificado elenco de heróis e vilões, cada um com poderes e habilidades distintas.
Infelizmente, como muitos jogos de grandes empresas, Overwatch Sportingbet não é barato: mesmo quando está em promoção, são R$ 63,90 pelo sistema da Blizzard, podendo custar ainda mais para quem quer jogar em consoles.
Uma opção para os fãs de “Hero-based Shooters” é Paladins, da americana Hi-Rez Studios. Como Overwatch, o jogo é centrado em equipes de heróis carismáticos com poderes variados.
Overwatch vai para uma estética sci-fi e de super-heróis, enquanto Paladins vai para o lado da alta fantasia. O jogo tem um diferencial de personalização dos seus 38 heróis, na forma de “cartas” que afetam seus poderes e de itens comprados durante as partidas.
O jogo está disponível pela Steam no PC e nas respectivas lojas digitais do PS4, XBox One e Nintendo Switch. Como muitos jogos do tipo, há uma abundância de itens cosméticos pagos, e heróis podem ser comprados com moeda do jogo ou cristais comprados com dinheiro real, além de estarem disponíveis em rotação semanal.
E enquanto a fanbase de Overwatch segue pedindo por uma heroína negra, Paladins conta com duas: a maga Imani e a caçadora de Recompensas Kinessa.
Se você gosta de Monster Hunter Wolrd, tente Dauntless
Cace monstros de graça – e dê tempo para Dauntless desenvolver sua identidade
Monster Hunter World é, sem sombra de dúvidas, uma obra prima. A culminação de 15 anos da franquia da Capcom une o que há de melhor no gênero que ela mesma gerou, de jogos de caçar monstros imensos para forjar novos equipamentos e caçar mais monstros – mas com um preço entre R$ 129 e R$ 199, nem sempre é acessível – especialmente para novatos no gênero, que talvez acabem não gostando.
Uma alternativa – que infelizmente, é a mais fraca desta lista – é o F2P Dauntless, da americana Phoenix Labs. Dentre os muitos títulos do gênero de “jogos de caça de monstros”, Dauntless é o que menos se diferencia do progenitor, sem grandes inovações ou alterações como seus concorrentes God Eater 3 e a série Toukiden.
Com um visual cartunesco que lembra o sucesso de Fortnite e uma jogabilidade mais casual e ágil do que a de Monster Hunter e seus pares, Dauntless oferece mais combos do que Monster Hunter – marcado por um combate lento e metódico – e microtransações na forma de cosméticos e animações.
No entanto, o número de monstros e de tipos de armas é reduzido: são apenas 15 “behemotes” na versão atual do jogo, contra 31 em Monster Hunter World, e seis classes de armas, contra 14 no jogo da Capcom.
Dauntless tinha tudo para entupir o jogo de transações do tipo “pay to win”, e chegou a passar por um período com poções e “power ups” pagos durante o beta, além de seguir um modelo com tudo para oferecer “loot boxes” randomizadas – e é positivo que tenha evitado isto.
Dauntless está disponível no PC via Epic Game Store e o site Playdauntless.com, e nos consoles PS4, Nintendo Switch e XBox One por suas respectivas lojas digitais.
Se você gosta de Diablo, tente Path of Exile
Path of Exile traz Dungeon Crawling a moda antiga. Foto: Divulgação
Nos idos anos de 1996, a série Diablo revolucionou os chamados “dungeon crawlers”, trazendo um jogo frenético para os padrões da época e um loop de jogo viciante com itens abundantes, possibilidades vastas e desafios intermináveis. Diablo II aperfeiçoou a fórmula, e seu terceiro título, Diablo III, em 2012, criou um cisma na comunidade. Tornando o jogo mais acessível ao custo da personalização, Diablo III acabou levando ao surgimento de inúmeros títulos tentando tomar o seu lugar.
Quase todos estes são jogos pagos – mas um título em particular se destaca: Path of Exile, da Neo-Zelandesa Grinding Gear Games.
O jogo começou a ser desenvolvido em 2010, quando o gênero passava por uma “seca” – e ganhou tração em seu lançamento oficial em 2013 ante à recepção negativa de Diablo III, ganhando força novamente quando a série da Blizzard se viu em maus lençóis com o anuncio de Diablo Immortal, rejeitado por grande parte dos fãs ao levar a série para os celulares.
Path of Exile se destaca por fartas opções de customização do seu personagem, uma economia dentro do jogo sem moedas, usando itens com valor de troca em seu lugar, criação de itens e sete personagens jogáveis – seis dos quais contam com três versões “promovidas”.
A Grinding Gear Games mantém comunicação constante com a sua comunidade, informando dos rumos das atualizações e adições ao jogo.
Path of Exile está disponível através da Steam e das lojas digitais do Xbox One e do Playstation 4. Não há informação quanto ao possível lançamento de uma versão para Nintendo Switch.
Se você gosta de Destiny e Borderlands, tente Warframe
Warframe: Ninjas jogam de graça!
As séries de jogos Borderlands e Destiny deram forma a um gênero de jogos novo, os chamados “Looter-Shooters”, unindo a obsessão com itens de Diablo e o “gunplay” dos jogos de tiro. O gênero é abundante, e nos últimos anos tem sido marcado por monetização desenfreada e alguns jogos bem… aquém do prometido.
Enquanto títulos “Triple A” do setor se vem marcados por preços elevados que vem acompanhados de mais e mais compras, um jogo de origens humildes se destaca: Warframe, da canadense Digital Extremes, um jogo de ninjas espaciais que completa sete anos em abril deste ano.
O jogo conta com armas abundantes, 41 “personagens” jogáveis e três mega-expansões gratuitas nos últimos dois anos – com duas a caminho este ano: A Nova Guerra, avançando a trama , e a ainda misteriosa The Duviri Paradox, com uma terceira área de mundo aberto.
O jogo peca em termos de introdução, largando novatos sem muito rumo e dando a entender que sua moeda paga, platina, é necessária para tudo no jogo, mas salvo por cosméticos, não há nada que não possa ser obtido meramente jogando.
Ah sim: e você pode resgatar animais adoráveis e ganhar bichinhos de pelúcia. Foto: Pedro Leal/Nintendo Switch Share.
Com uma comunidade ativa, uma equipe de desenvolvedores comunicativa, devstreams quinzenais e conteúdo abundante, Warframe se destaca entre seus pares – especialmente entre seus pares F2P: enquanto outros jogos são notoriamente mesquinhos com suas moedas “premium”, Warframe permite que platina, sua moeda ‘paga’, seja obtida dentro de jogo vendendo itens para outros jogadores.
O jogo está disponível pela Steam nos PCs e nas respectivas lojas digitais do PS4, Xbox One e Nintendo Switch. E eu posso ser encontrado no Nintendo Switch pelo nome de Edrp, para quem quiser ajuda, orientação ou itens.
Se você gosta de Call of Duty, tente Warface
Desenvolvido pela divisão ucraniana da Crytek – produtora da série Crysis de jogos de tiro em primeira pessoa – Warface traz uma quantia invejável de modos de jogo e de armas para os amantes de jogos de tiro em um pacote gratuíto que inclui cinco classes diferentes de personagem jogador, mais de 200 armas de fogo e modos cooperativos e competitivos para quatro jogadores ou mais.
Lançado em 2013 e atualizado com frequência, o game está disponível pela Level UP! no Brasil e através das lojas digitais do XBox, PS4 e Nintendo Switch, marcando o feito de rodar a pesadissima CryEngine no modesto portátil da Nintendo. No modo cooperativo, o jogo coloca os jogadores na pele do esquadrão de elite Warface no combate ao grupo terrorista Blackwood, em missões que passam por todo o globo – incluindo uma missão em uma favela do Rio de Janeiro. No Competitivo, esquadrões de oito jogadores enfretam uns aos outros em vários modos de jogo.
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