Com quatro trabalhos musicais gravados em home studio e publicados na internet entre 2012 e 2017, compositor e letrista de PieFelipe Moron, dade (SP), que atualmente mora em Joinville, mergulha em mais um projeto e apresenta seu novo EP: “Para achar bom e nunca mais ouvir”.
O título provocador do trabalho é uma referência bem-humorada à forma como as pessoas conhecem e apreciam a música popular. “Se por um lado os meios de distribuição digital tornam cada vez mais fácil a interação entre os músicos e os ouvintes, contribuindo para uma horizontalização da produção cultural, por outro, levam ao extremo a efemeridade da arte. O público das redes frequentemente encontra algo que lhe agrada, mas que volta a submergir, no momento seguinte, em um imenso mar de velhos clássicos e novos sons a descobrir”, analisa o artista.
Alternando melodias e arranjos ora suaves como a bossa, ora duros como o rock’n’roll, Para achar bom e nunca mais ouvir conta com quatro canções: um samba, um blues, um funk e uma valsa, que transitam entre o lirismo idílico e a realidade sociopolítica.
O EP com “Bateu Panela”, “Cale a Boca”, “Vida, Te Vejo em Sonhos” e “A Chuva Vem” foi gravado em janeiro deste ano, no estúdio ValveState, em Florianópolis, em parceria com um time de músicos profissionais – alguns deles já acompanham o músico há algum tempo.
Sobre Felipe
Um jornalista por formação, com mestrado em Ensino de Ciências Exatas, com habilitação em Física, que sempre manteve alguma atividade ligada à música, seja participando de bandas ou compondo canções. Assim se apresenta Felipe Moron, que iniciou seus estudos musicais em 1992, quando frequentou as aulas de guitarra do professor Luiz Benedetti, em Sorocaba/SP, e de violão com o professor José Marcos Rodrigues, em Piedade/SP.
Em 1998, atuando como compositor, guitarrista e vocalista da banda Pau-a-pique, participou do 1o Concurso de Rock e MPB Acústico Bauhaus, em Sorocaba/SP, conseguindo o primeiro lugar na categoria MPB e o segundo lugar na classificação geral.
Em 2000, em parceria com Alexandre Benato, participou do Mapa Cultural Paulista, representando o município de Piedade e recebendo a Menção de Melhor Originalidade na categoria de Composição Musical da Fase Regional. Em 2007, teve a composição “Anos 70” gravada pela banda Cataia.
De lá para cá sua atividade musical não parou. A partir de 2012, passou a fazer gravações caseiras de suas composições e publicar na internet. Foram quatro projetos, totalizando 65 canções: Ainda espero por você(2012) – em parceria com Marco “Bir”; Newtonism for ladies (2013); Com licença, matemática… (2015) e Projeto de mesa no. 4 (2017). Agora, em 2018, chegou a vez do EP Para achar bom e nunca mais ouvir.